Notícias

Senado dos EUA aponta fraude de bancos na crise

fraude1A subcomissão do Senado dos EUA vai encaminhar para o Departamento de Justiça do país provas sobre as atividades de bancos, como o Goldman Sachs e o Deutsche Bank, na crise financeira, para possíveis investigações penais, disse seu presidente na quarta-feira.

Carl Levin disse que a investigação de dois anos realizada pela sua subcomissão permanente do Senado sobre o papel de Wall Street na crise encontrou provas de que os bancos realizaram vendas fraudulentas de títulos lastreados em contratos de crédito imobiliário e ludibriaram investidores e parlamentares. “Vamos encaminhar essa questão ao Departamento de Justiça e à SEC (Securities and Exchange Commission)”, disse ele. “Na minha avaliação, o Goldman nitidamente ludibriou seus clientes e o Congresso.” A SEC já encerrou processo com acordo com o Goldman em torno da acusação de que o banco teria enganado os investidores quanto à composição de um produto de crédito estruturado conhecido como “Abacus”. O banco concordou em pagar US$ 550 milhões no acordo.

O relatório, há muito esperado e divulgado na noite de quarta-feira, diz ter encontrado “uma série de práticas problemáticas e muitas vezes abusivas” da parte dos bancos, como o Goldman e o Deutsche, envolvidos na criação e na venda de papéis garantidos por outros títulos, conhecidos como CDOs (“collateralised debt obligations”, em inglês). Levin criticou a SEC por ser “lenta”, ao não mover mais acusações, e disse que o acordo em torno do Abacus não significava que o Goldman não tinha outros processos a responder.

Em comunicado, o Deutsche disse ter manifestado seus pontos de vista sobre o mercado imobiliário residencial dos EUA aos investidores, acrescentando que, “apesar das visões pessimistas defendidas por alguns, o Deutsche Bank apoiou por muito tempo o mercado de imóveis residenciais e sofreu prejuízos significativos”. O Goldman não comentou.

Republicanos e democratas assinaram o relatório, que detectou que Greg Lippmann, o principal negociador de CDOs do Deutsche, referiu-se aos ativos subjacentes aos títulos como “baboseira” e “porcaria”, num momento em que o Deutsche os comercializava aos clientes.

Levin disse que, apesar de o Goldman sustentar que não tinha uma estratégia grandiosa para fazer apostas contra o mercado de crédito imobiliário americano, havia um grande “movimento de vendas a descoberto”.

Fonte: Tom Braithwaite, Francesco Guerrera e Justin Baer, Financial Times, Valor Economico

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.