Seis empresas que já foram líderes e caíram no esquecimento
KODAK
Cofundada por George Eastman, inventor do filme fotográfico, a Eastman Kodak Company ficou mundialmente conhecida e chegou a dominar 90% de seu mercado nos Estados Unidos nos anos 1970. No final daquela década, a empresa criou aquilo que traria sua própria falência: as câmeras digitais. Prevendo que prejudicaria a venda de filmes, a Kodak engavetou essa tecnologia e, anos depois, a fotografia digital virou realidade. A companhia tentou sobreviver com novos produtos, mas seu nome não era mais sinônimo de fotografia. A falência veio em 2012.
BLACKBERRY
A empresa foi referência no ramo de smartphones empresariais, com sistemas operacionais exclusivos, e chegou a dominar 43% desse mercado em 2010. Desde 2007, porém, com a chegada do fenômeno iPhone, a Blackberry ignorou inovações como o touch screen e julgou que esse nunca seria um modelo replicável no ambiente corporativo. Resultado: a Apple dominou e redefiniu o mercado promovendo o BYOD (Bring Your Own Device, ou “traga seu próprio aparelho”, em português) nas empresas.
BLOCKBUSTER
Um dos casos clássicos de referência de mercado que ficou pelo caminho por não pensar em inovação. A rede de videolocadoras chegou a ter nove mil lojas espalhadas pelo mundo na década de 1990. Na virada do século, o empresário Reed Hastings tentou vender sua nova empresa, a Netflix, para a Blockbuster, mas o CEO John Antioco declinou. Para ele, o mercado de vídeo sob demanda era muito pequeno e não tinha potencial de crescer. Em poucos anos, o compartilhamento pela internet e os serviços de streaming engoliram a multinacional.
MYSPACE
Nos anos 2000, a primeira grande rede social dos Estados Unidos ficou especialmente conhecida pelo público consumidor de música: uniu como nunca bandas e fãs, servindo de trampolim para inúmeros artistas e trazendo popularidade de massa a comunidades virtuais. A plataforma, porém, se estagnou após sua aquisição pela News Corporation em 2005 e foi superada em poucos anos pelo fenômeno Facebook, que abocanhou o público jovem. Em 2012, tentou, sem sucesso, um retorno com nova interface e funcionalidades.
ATARI
Primeira lembrança quando o assunto é video games antigos, a empresa criou as primeiras máquinas de arcade alimentadas por fichas e moedas, além do inovador console caseiro Atari 2600. Mas em meados da década de 1980, a companhia superaqueceu o mercado, abandonou diversos projetos teve altos prejuízos. Na virada para os anos 1990, empresas como a Nintendo e a Sega tomaram sua frente. A Atari quebrou, ensaiou um retorno, quebrou novamente e foi vendida em 2008 apenas para manter viva sua valiosa marca.
NOKIA
Papel, borracha, cabos e produtos eletrônicos. A história da Nokia começou no século 19 e só nos anos 1990 chegou aos telefones celulares. Nesse segmento, a empresa foi líder até meados da década seguinte. Em 2007, ano de lançamento do primeiro iPhone, a Nokia tinha metade do mercado mundial de smartphones. Hoje – anos após o casamento com a Microsoft, que rendeu várias linhas de Windows Phone e alguns tablets –, detém menos de 5% e ensaia uma volta com novos produtos, frutos de parceria recente entre Foxconn e HMD.
Fonte: estadao.com.br – seis-empresas-que-ja-foram-lideres-e-cairam-no-esquecimento