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Segurança da Informação: Ministério notifica Vivo por venda de dados sobre comportamento de clientes

O Ministério da Justiça notificou a Vivo –que hoje pertence à espanhola Telefônica–, nesta quinta-feira (18), para que preste informações sobre o lançamento de um serviço que servirá para mapear e comercializar dados sobre o comportamento de seus clientes.

O acesso aos dados seria possível por meio de um aplicativo chamado Smart Steps (passos inteligentes, em inglês).

De acordo com informações do ministério, o sistema deve ser implementado em novembro e possibilitar a coleta, utilização e comercialização de informações referentes à localização dos consumidores em determinados dias e horários.

A empresa terá de explicar ao DPDC (Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor), ligado à pasta, qual será a aplicação do sistema, se o recurso preserva os direitos dos consumidores e se há ameaça a segurança da informação dos clientes.

Por meio de nota, Amaury Oliva, diretor do DPDC disse que a proteção da privacidade dos consumidores “é um tema prioritário da Secretaria Nacional do Consumidor” e que a proteção de dados pessoais dos consumidores no país será tema de futura regulamentação.

A Vivo terá até dez dias para esclarecer os questionamentos.

OUTRO LADO

Em nota, a Telefônica/Vivo informou que irá fornecer todas as informações no prazo solicitado pelo DPDC e que o produto ainda está em desenvolvimento.

“Vale ressaltar que o serviço irá utilizar apenas informações prévia e expressamente autorizadas pelos clientes. Estas autorizações começarão a ser colhidas até o final do ano. Além disso, é importante enfatizar que os dados serão trabalhados de forma consolidada, não havendo qualquer individualização das informações ou possibilidade de rastreamento dos usuários”, informou, em nota.

Ainda segundo a empresa, o produto pretende “apresentar estimativas de fluxos populacionais inferidas por meio das informações consolidadas”.

COMPRAS

A Telefônica pretende lançar o projeto Smart Steps até do fim deste ano no Brasil, na Alemanha e no Reino Unido, os primeiros países a recebê-lo.

Usando as informações, a empresa diz que os varejistas poderão saber, por exemplo, onde e quantos adolescentes vão às compras em determinado dia da semana –o que poderia ajudar as empresas na adequação de produtos, promoções e atendimento.

O “Smart Steps” é o primeiro produto do Telefônica Dynamic Insights, divisão mundial da empresa criada para identificar oportunidades a partir da coleta massiva de dados, o chamado “big data”.

Segundo a Telefônica, outros serviços similares estão sendo desenvolvidos e serão lançados em breve.

A empresa espera conseguir novas formas de lucro com a popularização exponencial de dispositivos móveis –como smartphones e tablets– e o avanço das tecnologias de armazenamento e análise.

Segundo o diretor comercial da Telefonica Digital, Stephen Shurrock, dados de usuários de celular já vêm sendo utilizados em outros serviços da companhia, como no gerenciamento de tráfego.

Segundo Jeremy Green, diretor da consultoria Ovum, outras empresas de telefonia, como a Vodafone (que não atua no Brasil), já comercializam dados dos usuários, mas de forma mais fragmentada do que a Telefônica está planejando.

Fonte: Reuters, Folha de S.Paulo

o aos dados seria possível por meio de um aplicativo chamado Smart Steps(passos inteligentes, em inglês).

 

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.