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Riscos de fraudes preocupam auditores internos

Em meio a protestos contra corrupção em todo o país, centenas de renomados profissionais participaram de dezenas de painéis que estimulavam o debate sobre as melhores práticas existentes de auditoria interna, capazes de diminuir os riscos de desvio de dinheiro, seja em empresas públicas ou privadas.

A presença de Jorge Hage, ministro-chefe da Controladoria Geral da União (CGU) foi um dos principais destaques do congresso. Em sua palestra, sobre os desafios no controle interno da administração pública, o ministro mostrou uma síntese das ferramentas criadas nos últimos anos pela CGU, como o cadastro nacional de empresas inidôneas com 2580 nomes, dos quais 2390 já estão proibidos de participar de licitações do governo; além de sistemas que controlam, por exemplo, gastos com compra de passagens áreas por órgãos públicos, que às vezes, pode variar entre R$ 90,00 e R$ 900,00 em um mesmo trecho São Paulo – Brasília, que segundo ele, denota um claro problema de gestão. O ministro destacou também os trabalhos de auditoria que vem sendo realizados, buscando melhorias de processos e evitando novos casos de fraudes.

“Em um país de dimensões continentais como o Brasil, não há outra solução se não valer-se de instrumentos tecnológicos para monitorar o maior número possível de irregularidades e pressionar as reformas processuais para que corruptos e corruptores possam ir efetivamente para a cadeia”, disse o ministro.

Outro grande momento do congresso foi a participação de Phil Tarling, presidente da Confederação Européia de Auditores Internos e vice-presidente do Instituto de Auditores Internos Global – o IIA Global. Phil foi categórico ao afirmar que as empresas precisam ter coragem para tornar pública, as descobertas internas de fraudes, sem medo de possíveis escândalos. “Expor o problema e mostrar as consequências de punição é a melhor forma de dar um exemplo à sociedade. As companhias precisam passar por essa mudança cultural e falar abertamente sobre o assunto”.

Fonte: Decision Report

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.