Regulador suíço impõe rédea curta para UBS
O órgão regulador do mercado financeiro suíço vai monitorar de perto o banco de investimento do UBS AG e pode pedir para a instituição alocar mais capital na cobertura de riscos operacionais como parte das medidas para melhorar seus sistemas de controle após a perda de US$ 2,3 bilhões com operações em Londres.
Ao divulgar suas conclusões de uma investigação sobre transação no maior banco suíço, o regulador Finma apontou nesta segunda-feira “deficiências sérias na gestão de risco e nos controles” na área de banco de investimento do UBS. Ao mesmo tempo, um órgão independente de regulação de serviços financeiros da Grã Bretanha multou o banco em 29,7 milhões de libras pelos problemas que acabaram permitindo que o operador Kweku Adoboli fizesse operações não autorizadas. Adoboli foi condenado por fraude, com pena de sete anos de prisão.
“As medidas definidas pela Finma incluem restrições de capital e uma barreira de aquisições no banco de investimento, e que qualquer nova iniciativa de negócios planejada seja aprovada pela Finma”, acrescentou o regulador.
O órgão também vai avaliar “se o UBS precisa aumentar capital para seus riscos operacionais”, apontará uma terceira parte para garantir que as medidas corretivas estão sendo introduzidas e organizará uma auditoria para revisar os passos tomados pelo banco.
A Finma recusou-se a informar quando a revisão de auditoria estará completa ou quando a decisão sobre aumento de capital pode ser tomada, embora um porta-voz tenha afirmado que isso ocorrerá mais possivelmente em meses e não em anos.
O UBS informou que tem cooperado integralmente com a investigação e que aceita as conclusões e as penalidades definidas.
O órgão regulador suíço notou que o UBS, desde a descoberta da perda há 14 meses, introduziu um grande número de medidas para fortalecer a gestão de risco e a capacidade de controle.
No mês passado, o UBS disse que vai reestruturar seus negócios, encerrando efetivamente suas tentativas de construir um banco de investimento global. Agora, a instituição planeja concentrar sua estratégia de crescimento na área de private bank – o número dois do mundo em ativos, atrás do Bank of America Corp.
(Dow Jones Newswires)
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