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Prédio reformado recebe o Minha Casa, Minha Vida

MCMVSem terrenos disponíveis na cidade de São Paulo – inclusive nas periferias – com preços que se encaixem no Minha Casa, Minha Vida, a saída para implantar o programa é a reforma de prédios antigos. O programa habitacional do governo federal estreia no coração da cidade de São Paulo. Um prédio da década de 60, que já pertenceu ao Tribunal Regional do Trabalho, na tradicional avenida Ipiranga, será totalmente modificado para abrigar 120 apartamentos, com valor médio de R$ 52 mil.

Será o primeiro retrofit (reforma que muda a vocação de um prédio) do Minha Casa, Minha Vida, com custo de R$ 6,2 milhões. O modelo é muito parecido com a faixa para família de zero a três salários mínimos, inclusive o valor do imóvel, no qual o terreno costuma ser doado pelo poder público e as famílias são cadastradas pela prefeitura.

Nesse caso, o prédio pertencia à União e, por meio de uma espécie de licitação, foi doado ao movimento ULC (Unificação de Lutas dos Cortiços). Os beneficiados serão pessoas cadastradas pela ULC. E, para receber o financiamento terão de passar pelo crivo da CEF e os mesmos critérios de avaliação de crédito dos compradores cadastrados pelas prefeituras. “Com o Minha Casa, Minha Vida, conseguimos viabilizar a reforma de prédios abandonados no centro para transformar em habitação de interesse social”, diz Renato Rodrigues, sócio da Integra Sociedade Cooperativa – responsável pela idealização e desenvolvimento do projeto.

A Integra é uma empresa de engenharia e arquitetura, criada por engenheiros formados na Poli (USP) há 12 anos, que presta assessoria e consultoria técnica para movimentos de moradias. A empresa estuda a viabilidade econômica de prédios abandonados e deteriorados para habitação social há mais de dez anos e gerenciou três reformas no centro de São Paulo ainda na época do antigo PAR – Plano de Arrendamento Residencial, da CEF.

“Depois de 2004, não conseguimos mais equacionar a engenharia financeira desses projetos”, diz Rodrigues. Com a doação do prédio e o subsídio ao comprador, a conta ainda fecha. Mas, assim como aconteceu com o teto do programa, há uma pressão do mercado que atua no segmento de até três salários mínimos para que o valor de R$ 52 mil seja reajustado.

A Intregra contratou a Klar Construtora, fundada por dois colegas contemporâneos da Poli, que se especializaram em obras complexas de engenharia num prazo curto de tempo – especialmente o chamado retrofit. Fizeram a transformação do Hospital Sabará, um antigo prédio de escritórios, e a sede da Produtora O2, que antes era um galpão industrial. Segundo Luiz Fazio, um dos sócios da Klar Engenharia, a mudança interna do prédio do Ipiranga deve levar de seis a oito meses. O começo da obra ainda depende da aprovação da prefeitura. A CEF, segundo Fazio, já aprovou o financiamento.

A antiga repartição pública passou por uma reforma prévia, está com elevadores relativamente novos e portas contra fogo. Serão acomodados seis apartamentos por andar, num total de 88 com um dormitório (entre 30 m2 e 43 m2) e 32 quitinetes (de 25 m2 a 28 m2).

A Klar já tem um projeto do Minha Casa, Minha Vida em fase de construção em Santa Bárbara do Oeste e atende as exigências da Caixa – que pede uma série de habilitações técnicas para quem quer atuar no programa.

Estanislau Toledo, sócio da Klar e que veio da área financeira há pouco mais de três anos, admite que as obras populares são as menos rentáveis. Mas é, sem dúvida, a de maior visibilidade.

Fonte: Daniela D’Ambrosio, Valor Economico

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.