População ainda não conhece bem as novas notas de R$ 50 e R$ 100
O Banco Central e a Casa da Moeda levaram sete anos pra desenvolver as cédulas de reais com itens novos de segurança. Mas o fato de a maioria da população não conhecer as notas está ajudando os falsários.
As novas notas de R$ 50 e R$ 100 provocam desconfiança até de quem está acostumando a lidar com dinheiro.
“Essa é falta. Acho que pela textura dela. Não troco por duas de R$ 50 não”, diz o jornaleiro Jânio da Costa.
Imagine então o consumidor: “Está parecendo falsificada”, diz uma mulher. Mas é verdadeira.
“Eu não pegaria essa nota não, porque eu não conheço. É a primeira vez que eu estou vendo”, diz um homem.
As novas cédulas entraram em circulação em dezembro, mas ainda são pouco conhecidas. Os golpistas sabem disso e estão falsificando as notas.
Em São Paulo, a polícia prendeu um homem com três notas falsificadas de R$ 100 quando ele tentava passar uma delas no comércio. Falsificar dinheiro é crime inafiançável: pena de três a 12 anos de prisão.
“E um alerta: aquela pessoa que recebeu dinheiro falso, tomar conhecimento da sua falsificação e tentar reintroduzi-la no mercado vai cometer crime. Claro, mais leve, mas apenado de seis meses a dois anos de detenção”, diz o delegado Manoel Camassa.
Para evitar o dinheiro falsificado, lembre-se: as novas cédulas são ligeiramente maiores. Pelo tato, dá pra sentir o relevo em algumas partes, como por exemplo, nos locais onde estão os números.
Se a nota for colocada na altura dos olhos, na posição horizontal, é possível ver o valor escondido em uma área abaixo do valor impresso. Na faixa holográfica, ao movimentar a nota, o valor e a palavra reais se alternam.
“A impressão que a gente tem é que você não consegue evitar que as pessoas tentem falsificar. Acho que o ponto importante é que a população conheça as características das notas verdadeiras que assim não será jamais enganada”, explica João Sidney de Figueiredo Filho, o chefe do Departamento de Meio Circulante do Banco Central do Brasil.
Fonte: Jornal Nacional e Gazeta de Alagoas