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Plano de Contingência: Efeitos da paralisação chegam até a prédio de banco de investimento

A greve dos bancários respingou até mesmo em um banco de investimentos, cujos funcionários têm parte de sua remuneração atrelada a fatores variáveis e costumam passar longe desse tipo de mobilização. O escritório do Bradesco BBI, na Avenida Paulista, permaneceu fechado o dia todo. Ninguém entrava nem saía.

Segundo o Valor apurou, os principais executivos trabalharam de casa e só um diretor esteve no edifício ontem.

Esse é apenas um exemplo de como a paralisação começa a ter impacto, mesmo que indiretamente, em áreas que vão além das tradicionais agências bancárias.

No Itaú Unibanco, permaneceram fechados ontem dois edifícios que abrigam centros tecnológicos – um na rodovia Raposo Tavares, na Grande São Paulo, e outro na avenida do Estado, na zona Leste.

Anteontem, a entrada da sede da Caixa foi bloqueada. Só diretores e vice-presidentes do banco tiveram acesso ao escritório. Localizar por telefone alguém dentro do banco foi uma tarefa difícil.

Procurados, Bradesco BBI, Itaú e Caixa não comentaram o assunto.

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), registrou ontem o fechamento de 11.748 agências, centros administrativos e call centers no país. Isso representa mais da metade das 22.637 agências existentes.

Em 2012 e 2011, as greves dos bancários duraram respectivamente 8 e 21 dias e foram encerradas com acordos que garantiram aumentos reais de 2% e de 1,5%, respectivamente. Neste ano, os trabalhadores pedem correção de 11,93%, com aumento real de 5% – percentual semelhante ao que foi proposto no início da campanha salarial nos dois anos anteriores.

Os bancários se queixam do silêncio das empresas desde a primeira proposta de reajuste, de 6,1%, feita em 5 de setembro. Segundo Carlos Cordeiro, presidente da Contraf, os bancos não fizeram nenhum contato com a federação entre o início da greve e o fim da semana passada, quando foi feita a proposta de 7,1% de reajuste. “A negociação neste ano está mais dura porque os bancos, apesar de divulgarem lucros recordes, querem diminuir ainda mais os custos. Mas a categoria ainda tem fôlego para manter e expandir a greve.”

Em outra ponta, os bancos se queixam da falta de contraproposta dos bancários. Ontem, porém, após uma sinalização da federação dos trabalhadores de que voltaria a negociar com uma proposta de reajuste acima de 8%, representantes de bancos estavam reunidos à noite para selar uma nova oferta. Até o fechamento desta edição, a reunião não tinha se encerrado.

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marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.