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Operador do banco UBS é condenado por fraude de US$ 2,3 bi

O ex-operador do UBS Kweku Adoboli foi condenado nesta terça-feira por fraude relacionada a prejuízo de US$ 2,3 bilhões.

Adoboli, de 32 anos, era um operador sênior da mesa de fundos negociados em Bolsas (ETF, na sigla em inglês) da subsidiária de investimento do UBS em Londres.

Ele trabalhou na instituição financeira por oito anos e foi preso em 15 de setembro de 2011, depois de confessar em um e-mail ter forjado operações por anos. O escândalo provocou a queda de executivos do alto escalão do banco, entre eles o presidente-executivo, Oswald J. Grubel.

A acusação pela qual ele foi condenado aponta que abusou da posição no banco para causar prejuízos no valor de US$ 2,3 bilhões em operações que buscava lucro para si próprio e expunham o banco ao risco de prejuízo.

Em sua defesa, o ex-operador argumentou que as transações tinham o objetivo de gerar lucro para o banco e que seus colegas tinham conhecimento. Para a promotoria, contudo, Adoboli era “arrogante” e um “jogador”, que descumpria as regras quando lhe era conveniente.

O advogado do ex-operador afirmou que Adoboli virou o bode expiatório de uma perda bilionária do banco. Para ele, as acusações falham em não apontar a responsabilidade dos gestores, que não apenas sabiam das transações do ex-operador, como as relevavam desde que fossem rentáveis para o banco.

Segunda a promotoria, Adoboli excedeu os limites de risco autorizado de propósito e “estava brincando de Deus” com o dinheiro do banco. Seria fantástico pensar que o UBS aprovava as ações do ex-operador, diz a promotoria, em especial porque o banco enviou e-mails após um outro escândalo informando os funcionários sobre atividades ilegais.

O ex-operador chorou nos seus testemunhos em que reiterou a tese de que visava beneficiar o banco, a quem chamou de “família”. Ele também afirmou não ter nenhuma razão para acreditar que as suas ações eram ilegais.

Abodoli nasceu em Gana e entrou no UBS como estagiário logo após se formar na Inglaterra, em 2003. Ele foi promovido à divisão de derivativos, em 2006, após apresentar um bom desempenho.

Fonte: Agencias de Noticias, Folha de S.Paulo

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.