O Escândalo da Enron (Recordar é viver)
Conforme tenho apresentado nas ultimas aulas, apresento agora a titulo de informação como ficaram os principais gestores da Enron, um dos maiores escândalos do EUA.
A Enron, gigante americana do setor de energia, pediu concordata em dezembro de 2001, após ter sido alvo de uma série denúncias de fraudes contábeis e fiscais. Com uma dívida de US$ 13 bilhões, o grupo arrastou consigo a Arthur Andersen, que fazia a sua auditoria.
Segundo investigadores federais, a Enron criara parcerias com empresas e bancos que permitiram manipular o balanço financeiro e esconder débitos de até US$ 25 bilhões. O lucro e os contratos da Enron foram inflados artificialmente. A investigação indicou que ex-executivos, contadores, instituições financeiras e escritórios de advocacia foram responsáveis direta ou indiretamente pelo colapso da empresa.
O governo americano abriu dezenas de investigações criminais contra executivos da Enron e da Andersen. Além disso, pessoas lesadas pela Enron também moveram processos. Lay renunciou ao cargo de presidente da empresa pouco antes desta quebrar. Ele transformou a Enron na sétima maior empresa de capital aberto dos EUA, mas a revelação de uma série de parcerias e esquemas fraudulentos na base das finanças da empresa levou a seu colapso.
Kenneth Lay
O fundador e ex-presidente da Enron, empresa que foi protagonista de um dos maiores escândalos corporativos da história dos EUA, Kenneth Lay, morreu nesta quarta-feira (julho de 2006) em Aspen (Colorado), aos 64.
Em maio deste ano (2006), Lay foi julgado culpado de dez acusações de fraude bancária, incluindo uma de declarações falsas que pesava contra ele em um caso separado, relacionado a suas finanças pessoais. Em um outro julgamento, o juiz distrital da corte de Houston (Texas), Sim Lake, considerou Lay culpado em quatro acusações de fraude e declarações falsas.
O juiz distrital da corte de Houston (Texas), Sim Lake, cancelou as condenações por fraude e declarações falsas contra o fundador e ex-presidente da Enron, Kenneth Lay –faleceu em julho de 2006–, pela impossibilidade de apelação no caso.
A decisão do juiz Lake encerra o caso criminal contra Lay e também anula os efeitos sobre seu patrimônio, deixado para sua mulher, Linda. Lay morreu aos 64 anos devido a problemas cardíacos.
De acordo com o advogado de Linda, Sam Buffone, a decisão não tem efeitos sobre as ações civis contra o patrimônio de Lay ligadas ao colapso da Enron, ou mesmo ações deste tipo que possam ser abertas no futuro.
Em maio deste ano, Lay foi julgado culpado de dez acusações de fraude bancária, incluindo uma de declarações falsas que pesava contra ele em um caso separado, relacionado a suas finanças pessoais. Em outro julgamento, Lake considerou Lay culpado em quatro acusações de fraude e declarações falsas.
Jeffrey Skilling
O ex-presidente e executivo-chefe da gigante americana do setor de energia Enron (que quebrou em 2001), Jeffrey Skilling, 52, foi condenado nesta segunda-feira (outubro de 2006) a 24 anos e quatro meses de prisão, por seu envolvimento na falência da empresa.
Antes de ouvir a sentença, Skilling manteve a alegação de inocência. “Meritíssimo, sou inocente nessas acusações”, afirmou. “Sou inocente em cada uma dessas acusações. Vamos [Skilling e sua defesa] continuar a buscar meus direitos constitucionais (…) Estou convencido disso e quero que meus amigos e minha família saibam disso.”
Ele negou as alegações de que não sente remorso por seu envolvimento nas fraudes que causaram a quebra da empresa. “Tem sido muito duro para mim, mas, provavelmente, e mais importante, incrivelmente duro para minha família, para os funcionários da Enron, meus amigos e para a comunidade.”
Em maio de 2006, Skilling foi julgado culpado em 19 acusações de conspiração, fraude, prestação de declarações de resultados falsos e por vazar informações privilegiadas. Foi considerado inocente em outras oito acusações de vazamento de informações
Mas em Novembro de 2010, Jeffrey Skilling, o ex-executivo-chefe da Enron condenado por comandar uma fraude que destruiu a maior empresa de energia do mundo, está tentando conseguir um novo julgamento, apesar da oposição do governo.
Um grupo de três juízes da corte de apelações de Nova Orleans estava revendo na segunda-feira os veredictos contra Skilling, depois que a Suprema Corte dos Estados Unidos considerou em junho que os promotores usaram uma teoria legal inválida para condená-lo.
Skilling está cumprindo uma sentença de 24 anos de prisão em uma penitenciária federal do Colorado, depois que ele e o ex-presidente do conselho de administração da Enron Kenneth Lay foram declarados culpados por enganar os investidores sobre a verdadeira situação financeira da companhia.