Nova regra do compulsório deixa Banco BMG de fora
A nova rodada de estímulos que o Banco Central (BC) deu via compulsório para aumentar a liquidez dos bancos médios na semana passada acabou deixando de fora pelo menos uma instituição especializada em crédito consignado, o BMG.
Na sexta-feira passada, a autoridade anunciou que deixará de remunerar 50% do compulsório recolhido dos depósitos a prazo dos grandes bancos a partir de outubro. Antes disso, o BC não remunerava 36%. Se quiserem ver o dinheiro render, os bancos terão de comprar títulos e carteiras de crédito de instituição de pequeno e médio portes.
A exclusão do banco mineiro se deu porque o Banco Central decidiu atualizar a data-base do tamanho do patrimônio de referência de nível 1 que os bancos precisam ter para se beneficiar das medidas. Antes, as instituições tinham de ter até R$ 2,2 bilhões de patrimônio em junho de 2011. Agora, a data ficou em junho deste ano.
Nesse intervalo de um ano, o patrimônio de referência do BMG variou em R$ 800 milhões, segundo o BC, alcançando R$ 2,9 bilhões em junho deste ano. Isso aconteceu por causa da incorporação do Schahin, em uma operação de salvamento costurada pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
Desde julho, o BMG se tornou sócio do Itaú Unibanco em um novo banco voltado para consignado, o Itaú BMG Consignados. Mas o BMG continua a operar como uma instituição independente. Terá uma linha de “funding” do Itaú de R$ 300 milhões por mês ao longo de cinco anos, mas, dependendo do porte que quiser alcançar, pode precisar de mais recursos.
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