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Nerd que é nerd não fica sem bateria

Qualquer nerd sabe que a duração das baterias não acompanha o ritmo das inovações dos aparelhos eletrônicos. Mas não se preocupe: os inventores estão descobrindo como transformar os nerds em baterias.

Enquanto a maioria dos amantes de eletrônicos fica caçando tomadas disponíveis para carregar seus aparelhos, Kevin Bartholomew conecta seu celular à sua cintura. Pois é ali que ele mantém um dispositivo de nove polegadas (23 centímetros) preso ao cinto, que converte a energia cinética de seus movimentos em energia suficiente para manter seus aparelhos funcionando.

O gerador de eletricidade pessoal de Bartholomew, chamado PEG nPower, pode transformar 15 minutos de caminhada em um minuto de conversa no telefone.

Na falta de uma tomada, pode ser uma boa alternativa “dependendo de quanto exercício você faz”, diz o engenheiro elétrico de 31 anos, de Logan, no Estado americano de Utah.

A mais nova tecnologia que usa a energia do corpo inclui aparelhos que absorvem o excesso de energia produzida pelo movimento, como o balançar de uma mochila ou o dobrar de um joelho. Há ainda camisetas que captam a eletricidade das ondas sonoras, botas que convertem o andar em energia e painéis solares que podem ser pregados a tudo, desde calças a bicicletas.

Um truísmo da tecnologia chamado Lei de Moore afirma que o poder da computação vai crescer exponencialmente, à medida que os transistores ficam menores. Mas isso não se aplica às baterias. O smartphone mais recente da Apple Inc., o iPhone 4S, vem com oito horas de duração para chamadas telefônicas, exatamente o mesmo que o modelo original do iPhone, que foi lançado em 2007.

O déficit das baterias criou um mercado para empresas como a Goal Zero, de Salt Lake City. Ela começou a produzir painéis solares de bolso em 2007 para celulares na África, mas acabou descobrindo uma demanda entre os viciados em eletrônicos mais perto de casa, diz seu diretor de operações Joe Atkin. No ano passado, ele vendeu cerca de 200.000 carregadores solares dobráveis de 14 polegadas. “Tem a ver com liberdade”, diz Atkin.

Marc D. Latrique, que trabalha no departamento de comunicação da ONU, em Nova York, carrega seu painel solar pessoal todos os dias, “só por segurança, caso eu fique sem acesso a uma tomada”, disse ele.

Embora a tecnologia para captar energia solar exista há muito tempo, as inovações recentes tornaram os painéis portáteis o suficiente para que as pessoas possam usá-los como geradores pessoais de energia.

Para manter as baterias carregadas, Latrique, de 38 anos, procura janelas e as partes ensolaradas da rua.

Em um vôo recente, ele conectou seu painel à janela do avião para carregar o iPod da filha. “Minha filha disse: ‘Oh, papai, você está salvando o planeta.” Ele respondeu, “não, só estou sendo conveniente.”

Há muito mais potencial para energizar os humanos, dizem os inventores.

Em meados do ano passado, durante o festival de música de Glastonbury, na Inglaterra, a telefônica britânica Orange distribuiu camisetas que tinham um painel piezoelétrico para converter as ondas de pressão sonora em eletricidade. O painel permitiu às pessoas que estavam perto o suficiente dos alto-falantes carregarem as baterias de seus smartphones.

Zhong Lin Wang, professor do Instituto de Tecnologia da Georgia está trabalhando num novo tipo de roupa — fabricada com tecidos que usam a nanotecnologia para gerar energia à medida que o corpo se move.

Qualquer ruga no tecido de camisas, calças, até mesmo roupas de baixo, produz uma carga, diz Wang. O truque são fios superfinos, com um milésimo da espessura de um fio de cabelo, que são interlaçados ao tecido. Quando o material de plástico e zinco especialmente tratados se move, ele cria energia mecânica que pode ser colhido por um capacitor, assim ninguém leva choque.

As suas roupas que geram energia devem levar pelo menos dois anos para serem desenvolvidas, diz Wang.

O PEG nPower, utilizado por Bartholomew, lançado no ano passado, foi um dos primeiros geradores de energia cinética a chegar no mercado, e seu fabricante, a Tremont Electric Inc., diz que o produto já está esgotado.

Victor Sherwood, 24, raramente sai de casa sem o PEG fixo à sua bolsa para acumular carga, diz ele.

Uma vez, no entanto, o engenheiro de informática deixou o seu PEG parado no seu carro por vários dias exatamente num momento em que precisou dele: durante uma noite de trabalho num depósito, quando o seu telefone ficou sem bateria.

Sherwood então virou uma estação humana de energia, correndo de lá pra cá e chacoalhando o dispositivo como uma britadeira, para criar mais energia.

“Eu consegui energia suficiente para ligar para o meu chefe e avisar-lhe que ia ficar sem telefone,” diz ele.

Fonte: GEOFFREY A. FOWLER e IAN SHERR , WSJ, Valor Economico

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.