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Modelo de relatório de sustentabilidade deve sair em até um ano

Um modelo preliminar preparado pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) sobre os relatórios integrados — que unem dados de sustentabilidade ambiental e social com números econômico-financeiros — deve ficar pronto até outubro do ano que vem.

Em evento organizado hoje pelo Instituto Brasileiro dos Executivos de Finanças (Ibef), Nelson Carvalho, membro do comitê e professor da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi), revelou o prazo e afirmou que a ideia não é criar uma metodologia rígida, mas dar algumas sugestões sobre que itens não devem faltar nas informações.

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) está discutindo o assunto com o CPC. No entanto, não há ainda qualquer sinalização de que se publicará uma instrução que padronize as práticas, diz Carvalho. Mas o professor afirma preferir um modelo que siga, por exemplo, a regulação britânica. Lá, não há proibição, mas uma série de diretrizes. Segue-se ou explica-se por que não.

“O problema é que hoje os relatórios integrados são um engodo”, critica o professor. Ele avalia que a grande questão é tirar das costas dos departamentos de comunicação e marketing a tarefa de produzir todo o conteúdo sobre sustentabilidade das empresas. “As áreas têm que conversar.”

Ele explica que muitas vezes os textos indicam práticas que, na verdade, são desmentidas pelas demonstrações econômico-financeiras. “Não adianta a empresa dizer no relatório que tem bom trato com os funcionários, que é bom trabalhar lá, se há uma provisão de R$ 1 milhão para possíveis perdas em ações trabalhistas”, diz.

São 50 as empresas que estão testando a versão preliminar que o CPC deve decidir no segundo semestre de 2013. Entre elas, três se destacam: AES Eletropaulo, Natura e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Outra mentalidade que, para Carvalho, tem de mudar, é a menor importância que é dada às informações ambientais e sociais. “Geralmente o relatório sai meses depois do financeiro e tem páginas demais, 80, 100. Praticamente ninguém consegue ler.”

Em sua visão, para que um modelo mais padronizado seja realmente seguido, precisa haver uma popularização do conceito de relatório de integrado. O professor cita a decisão recente da CVM de uniformizar o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês). “Temos que nos aproveitar do interesse crescente sobre o assunto”, avalia.

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marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.