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Holding do Grupo SS emitirá debêntures para financiar Panamericano

EconomiaA holding do Grupo Silvio Santos vai emitir debêntures simples, de dez anos, em favor do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) para financiar o aporte de R$ 2,5 bilhões que fará no Banco PanAmericano. Segundo as informações do FGC, os títulos terão correção pelo IGP-M, não pagam juros e têm carência de três anos.

Devido à emissão de debêntures, a holding do grupo, que tinha o capital fechado, terá de se tornar uma sociedade anônima. De acordo com fato relevante publicado ontem pelo Panamericano, a operação financeira contratada com o FGC tem como garantia os bens do patrimônio empresarial do grupo, que inclui, entre outros, a rede de televisão SBT, a Liderança Capitalização e o hotel Jequitimar.

Segundo o fato relevante, o banco firmou um “Termo de Comparecimento” com o Banco Central após terem sido encontradas “inconsistências contábeis” nos balanços, que não estariam refletindo adequadamente a situação patrimonial do banco. Desta forma, o aporte destina-se a “restabelecer o pleno equilíbrio patrimonial e ampliar a liquidez operacional da instituição, de modo a preservar o atual nível de capitalização”, diz o documento, assinado pelo presidente do Conselho, Luiz Sebastião Sandoval.

Segundo os balanços contábeis divulgados neste ano, o Banco Panamericano (controladora) registrou lucro de R$ 44,2 milhões no primeiro trimestre e prejuízo de R$ 20,9 milhões no segundo. O banco tem como foco operações de pessoas físicas, com cerca de dois terço dos ativos em financiamento de veículos (CDC e leasing). A carteira de varejo encolheu e a instituição perdeu depósitos durante a crise financeira mundial e teve de ceder parte da carteira de crédito para a Caixa Econômica Federal.

Em dezembro de 2009, os dois bancos anunciaram acordo pelo qual a CaixaPar, subsidiária da CEF, comprou 49% do capital com direito a voto do banco PanAmericano – operação aprovada pelo Banco Central em julho de 2010. A Caixa pagou R$ 739,27 milhões pela fatia, que também incluiu uma participação de aproximadamente 20% das ações preferenciais. O acerto deu à Caixa 36,6% do capital total do PanAmericano, enquanto o grupo Silvio Santos ficou com uma fatia de 37,6%.

Fonte: Aline Lima e Paula Cleto, Valor Economico

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.