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FGC começa a pagar credores do banco BVA

FGCO Fundo Garantidor de Créditos (FGC) começará a pagar aos detentores de Certificados de Depósito Bancário (CDBs) e de Letras de Crédito Imobiliário (LCI) do banco BVA a cobertura de até R$ 70 mil que o fundo dá a investidores. A instituição está sob intervenção do Banco Central (BC) desde 17 de outubro do ano passado.

O pagamento da garantia de R$ 70 mil pelo FGC não exclui a possibilidade de o banco ainda ser vendido. Se o crédito de um investidor contra o banco superar a indenização, o BVA continuará devendo ao aplicador o restante.

Segundo comunicado publicado pelo FGC em seu site, o pagamento se dará entre 4 de março e 5 de julho. A convocação, porém, informa que neste momento o FGC não indenizará quem comprou papéis por meio de corretoras ou de outros agentes do mercado.

Conforme mostrou reportagem do Valor, cerca de 3,9 mil investidores compraram os títulos de corretoras, sem que esses intermediários tivessem registrado o nome dos investidores.

Agora o FGC começa a verificar se não há fraudes nesse processo. O fundo pede tanto às corretoras quanto aos investidores os documentos que comprovam a transação. “Credores que adquiriram títulos ou frações ideais de títulos de emissão do BVA, por intermédio de corretoras ou outros agentes de mercado [modalidade conhecida como ‘carteirão’], deverão aguardar até que seja completada a verificação das alienações junto aos agentes que deverão indicar precisamente o nome e o valor de cada fração”, informa o FGC no edital.

Até agora, o fundo pagou cerca de R$ 900 milhões aos detentores de Depósitos a Prazo com Garantia Especial (DPGE) do BVA. Para indenizar detentores de CDBs e LCIs, ainda deve desembolsar outros R$ 300 milhões.

Segundo o Valor apurou, Ivo Lodo e José Augusto dos Santos, controladores do BVA, estão tentando costurar um acordo com credores para salvar o banco. A proposta apresentada por eles inclui deságio dos créditos e alongamento do prazo de pagamento. Além de fechar um acordo com investidores, os controladores precisam encontrar um comprador para o banco.

Carlos Alberto de Oliveira Andrade, dono da rede de concessionárias de veículos Caoa, já manifestou interesse em ficar com o controle do banco. O empresário, porém, não chegou a um acordo com o FGC, maior credor da instituição. Oliveira Andrade tem cerca de R$ 500 milhões depositados no BVA e, se comprasse o banco, poderia tentar recuperar o valor investido.

Se não houver uma solução para o banco, o BVA será liquidado pelo Banco Central.

Enquanto uma definição para o banco não vem, alguns ativos já estão sendo vendidos, principalmente bens que geram despesas para o BVA. É o caso de um helicóptero, que vai a leilão no dia 6 de março. O lance inicial é de R$ 13,9 milhões, segundo a empresa leiloeira Zukerman. Móveis de escritório também estão à venda.

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marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.