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Economistas traçam cenário mais otimista para a atividade em 2017

Nas previsões do relatório, a Rosenberg menciona os grampos da Polícia Federal no telefone do ex-presidente Lula para justificar a elevação, de 45% para 85%, das chances de uma saída antecipada de Dilma Rousseff. O tom despojado do texto encampa informações preciosas aos clientes da consultoria. Sem Dilma, a economia muda. Arrefece o temor de guinadas populistas e retoma-se a discussão de medidas estruturais. A confiança melhora e leva a uma retomada  do PIB de 1% em 2017, e não uma nova retração de 0,5%, como no cenário traçado com a atual presidente.

Consultorias econômicas tentam antecipar a mudança de tendência para nortear as decisões de seus clientes, mas são reféns da velocidade dos fatos. Na última semana, várias das casas de análise que trabalham com probabilidades de impeachment atualizaram seus números incorporando interpretações sobre as manifestações do domingo 13, o episódio dos grampos revelados pelo juiz Sérgio Moro e o ingresso de Lula no governo. Na média dos cálculos de oito analistas consultados pela DINHEIRO, o placar passou para 70% de chance de impeachment.

Como o cenário mais provável é o de um novo governo, o mais importante é saber como será a nova composição política. Se consagrado o impeachment, assume o vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP), que deve se nortear pelo recente programa econômico elaborado pelo partido.

A “Ponte para o futuro”, como foi intitulado, contém diretrizes liberais para dar maior participação à iniciativa privada, melhorar a estrutura do orçamento público, adotar idade mínima da previdência, entre outros. Para que isso aconteça, será preciso construir apoio relevante no Congresso e há dúvidas, entre os analistas, se o novo governo será capaz de reunir quórum necessário. No início, o próprio processo de impeachment deve ajudar, trazendo a oposição para o mesmo lado. “À medida que for chegando 2018, essa aglutinação em torno do Temer ficará mais difícil de se manter”, afirma Ricardo Ribeiro, da MCM Consultores.

Num cenário em que o vice-presidente consegue reunir apoio no Legislativo para aprovar reformas, haveria um efeito positivo para a economia. Nas previsões da Tendências Consultorias, o PIB poderia crescer 2% em 2017. “Estamos falando principalmente de reformas da Previdência, trabalhista, e de promover a abertura comercial”, afirma Alessandra Ribeiro, economista da consultoria. Para ela, porém, o mais provável é que o atual vice continue a enfrentar resistências políticas, obtendo um desempenho mais tímido, com um PIB de 1,2% no ano que vem, beneficiado por uma melhora da confiança gerada pela troca de governo. No emaranhado de cenários econômicos, a política é quem dá hoje as cartas, num vaivém esquizofrênico que mimetiza as tramóias do seriado americano. Como a brincadeira que circulou entre os fãs do House of Cards nos últimos dias: um estágio dos roteiristas no Brasil seria fonte inesgotável de inspiração para os próximos episódios.

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marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.