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Disparam os preços da energia

EnergiaFonte: Josette Goulart | De São Paulo| 24/09/2010 | Valor Economico

O tempo seco e a forte redução no nível dos reservatórios das hidrelétricas levaram o preço da energia no mercado de curto prazo a seu maior patamar desde fevereiro de 2008. O valor do chamado preço de liquidação das diferenças, um equivalente do preço de mercado à vista na bolsa de valores, chegará na próxima semana a R$ 245 para as regiões Norte e Nordeste e em torno de R$ 165 para o Sudeste e Centro-Oeste. A alta foi de cerca de 30% em uma semana.

Os preços estão em linha com o Custo Marginal da Operação (CMO) decidido ontem pelo Operador Nacional do Sistema (ONS). Esse custo reflete diretamente o acionamento das usinas termelétricas para suprir o país de energia. Em setembro, até o dia 22, mais de 20% de todo o consumo foi gerado por térmicas, porque os níveis dos reservatórios estão em baixas históricas.

Um relatório da comercializadora Tradener mostra que para os reservatórios do Sudeste este é o pior setembro desde 2001, quando houve o racionamento. Outro indicador que preocupa é a “energia natural afluente”, que mede a energia que pode ser gerada a partir da água que chega às hidrelétricas. Com exceção do Sul do país, as outras regiões apresentam o pior nível histórico.

O cenário tem sido influenciado pelo fenômeno climático La Niña, que está tornando este período ainda mais seco do que o normal. Pelas previsões da Somar Meteorologia, o fenômeno deve continuar reduzindo as chuvas até o início do próximo ano. Por essa razão, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) terá de decidir se autoriza o acionamento de usinas movidas a óleo combustível, que têm um custo de mais de R$ 1.000 por MWh e, quando acionadas, elevam substancialmente os encargos para os consumidores. Nesta semana, termelétricas com custo de R$ 500 por MWh já foram colocadas em ação.

A situação afetou diretamente os preços no mercado livre de energia. O mercado à vista é um balizador de preços de curtíssimo prazo e nele são liquidados contratos que representam cerca de 3% do total do consumo no país. Até os contratos de 2011 começam a ficar mais caros. Nesta semana, a comercializadora Compass vendeu 20 MW para o primeiro trimestre do próximo ano por R$ 155. Esse tipo de contrato já chegou a ser negociado em 2010 na casa dos R$ 120. No longo prazo, o teste será a venda da energia da usina de Jirau, o que deve acontecer em outubro. O presidente da concessionária da usina, Victor Paranhos, diz que os preços tendem a ficar pressionados, mas não acredita que vão subir na mesma proporção que no mercado à vista.

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.