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CVM suspende julgamento sobre negócios com ações do PanAmericano

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) suspendeu nesta terça-feira o julgamento de Frank Sadayoshi Yamamoto, acusado pela autarquia de efetuar negociações com ações do Banco PanAmericano, fazendo uso de informações privilegiadas. A suspensão ocorreu porque a presidente da CVM, Maria Helena Santana, pediu vistas ao processo.

Conforme informações constantes no processo sancionador conduzido pela autarquia, Yamamoto foi operador da mesa de ativos do PanAmericano e, mesmo após deixar o banco continuou prestando serviços para a instituição. Em 2009, antes da divulgação do fato relevante que anunciou a associação do PanAmericano com a Caixa, revelada em 26 de novembro daquele ano, Yamamoto teria comandado operações com os papéis do banco no mercado. O maior volume de negócios foi feito em nome da mulher de Yamamoto, Eliane Thiemi Taira, que, conforme a CVM, “foi a pessoa física que mais lucros obteve com as ações do PanAmericano, no ano de 2009”.

O acusado teria comprado em nome de sua esposa um total de 309 mil ações entre maio e agosto de 2009. Até maio do ano seguinte, foram vendidas todas as ações, com a obtenção de um lucro de R$ 1,504 milhão, equivalente a 93% do valor investido.

Segundo o processo da CVM, após examinar a ficha cadastral, as notas de corretagem e gravações relativas à transmissão das ordens de compra e venda da investidora, a autarquia “detectou indícios de irregularidades com relação ao perfil da investidora”, que é farmacêutica e teria “patrimônio declarado e rendimentos mensais incompatíveis” com o valor investido em ações do banco.

Para a CVM, Yamamoto foi o autor das infrações, pois “o mesmo detinha o conhecimento e comandou as operações”, que, ainda segundo a autarquia, ocorreram depois do início das negociações com a Caixa, que culminaram com a aquisição de aproximadamente 35% do capital do PanAmericano.

De acordo como relatório da acusação, as operações tanto de Yamamoto como de sua esposa estão diretamente relacionadas ao negócio entre a Caixa e Banco PanAmericano, “na medida em que basicamente se dividem entre compras no momento anterior e vendas na concretização da operação”. A CVM não marcou nova data para o julgamento.

Fonte: Juliana Ennes, Valor Economico

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.