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Cruzeiro do Sul: Indio da Costa pede apreensão de contrato

Os controladores do banco Cruzeiro do Sul, Luiz Octavio e Luiz Felippe Indio da Costa, entraram no dia 15 com uma medida cautelar na 2ª Vara Federal Criminal de São Paulo pedindo a busca e a apreensão de contratos celebrados entre o banco e a IMS Tecnologia, segundo o Valor apurou.

O documento entregue à Justiça pelos Indio da Costa indica que o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) terceirizou serviços de auditoria do Cruzeiro do Sul para a IMS. Celso Antunes, que até a semana passada era diretor-geral do FGC, foi sócio de um atual acionista da IMS em outra empresa até pouco antes de ingressar no FGC.

Apesar de ser uma instituição privada, o FGC começou a atuar com a chancela do Banco Central na busca de soluções para bancos problemáticos. O fundo, criado originalmente para proteger depositantes, tem um patrimônio líquido de R$ 30,7 bilhões.

A medida cautelar dos Indio da Costa alega que os documentos pedidos são fundamentais para sua defesa, já que a IMS participou de uma auditoria feita no Cruzeiro. O banco foi liquidado em setembro de 2012. Segundo o Valor apurou, a defesa dos Indio da Costa questiona, por exemplo, a imparcialidade da empresa, já que, no passado, Antunes foi sócio de um acionista da IMS. Os advogados também levantam dúvidas sobre a capacidade técnica da IMS no levantamento de fraudes no Cruzeiro do Sul, dado seu pequeno porte.

No centro dessa discussão está a acusação de que os Indio da Costa fraudaram R$ 1,2 bilhão em operações de crédito do banco Cruzeiro do Sul. A IMS participou do levantamento dos números finais do rombo no banco.

Antes da entrada da IMS no Cruzeiro do Sul, o próprio Banco Central já havia detectado transações fraudulentas no banco, segundo relatório da comissão de inquérito da autoridade fiscalizadora ao qual o Valor teve acesso.

Com R$ 1,2 bilhão de créditos falsos, o Cruzeiro ficaria com um passivo a descoberto de R$ 108 milhões, informou o BC ao banco em 11/5/2012. Com base nisso, a autoridade decretou o Regime de Administração Especial Temporário, em 4 de junho de 2012.

O relatório da comissão de inquérito afirma que, depois da decretação da Raet, teve início uma nova auditoria, dessa vez, comandada pelo FGC. Participaram dela, além da própria equipe do fundo, as empresas IMS e BSI Consulting, além da PwC Brasil, responsável por um processo de diligência.

Antunes pediu afastamento do FGC na sexta-feira, depois que reportagem da revista “Época” mostrou sua ligação com sócio da IMS.

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marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.