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Credores rejeitam plano de recuperação judicial da Agrenco

Os credores da Agrenco Limited rejeitaram, em assembleia realizada em São Paulo, o novo plano de recuperação judicial da companhia, que propunha a reestruturação a dívida do grupo. De acordo com a proposta, a trading pagaria 42,6% (cerca de R$ 494,34 milhões) de uma dívida total de R$ 1,15 bilhão num prazo de até 12 anos.

Credores da Classe III (sem garantia), que detinham uma dívida de R$ 848 milhões, sofreriam um desconto médio de 78,5% sobre o valor a receber. O plano era considerado, pela própria companhia, a última chance de sair do limbo em que se encontra desde 2011, quando suspendeu suas atividades. A proposta agora vai a Juízo.

Com o acordo, grupo esperava voltar a acessar linhas de crédito de modo a retomar as operações na planta industrial de Alto Araguaia (MT) e concluir a fábrica de Caarapó (MS). Juntas, as duas unidades têm capacidade para processar 2,1 milhões de toneladas de soja por ano e, segundo a empresa, gerar uma receita anual de US$ 1,3 bilhão (cerca de R$ 2,8 bilhões).

O plano previa que os credores trocassem a dívida das companhias atualmente em recuperação judicial (Agrenco Administração de Bens, Agrenco do Brasil, Agrenco Bioenergia e Agrenco Serviços de Armazenagem) por debêntures e notas promissórias emitidas por três novas companhias (Agrenco Estruturação, Agrenco Estruturação II e Agrenco Restructuring), que não exercerá qualquer atividade econômica.

Desse modo, as empresas operacionais do grupo teriam seus débitos quitados, deixando a recuperação judicial. O plano estabelecia ainda que as empresas operacionais – sobretudo a Agrenco Bioenergia, proprietária das usinas de Alto Araguaia e Caarapó – pagassem dividendos (chamados de ‘mútuos intercompany’) às três novas companhias (Estruturação, Estruturação II e Restructuring), responsáveis por arcar com as obrigações referentes aos títulos emitidos aos credores. As duas usinas da Agrenco Bioenergia foram oferecidas como garantia nesta operação.

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marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.