CPI dos Fundos de Pensão eleva para R$ 6,6 bi os prejuízos por má gestão
A CPI dos Fundos de Pensão aprovou nesta quinta-feira relatório final dos trabalhos que apontou prejuízos de R$ 6,622 bilhões, causados por má gestão, fraudes e ingerência política nos quatro maiores fundos de pensão das estatais. Foram investigados 15 negócios realizados por Postalis (dos trabalhadores dos Correios); Funcef (Caixa Econômica Federal), Petros (Petrobras) e Previ (Banco do Brasil).
No relatório de 850 páginas e vários anexos, a CPI pede ao Ministério Público a instauração de ação civil para ressarcimento das perdas aos fundos, que atinge 153 dirigentes e instituições privadas, além de ação penal contra 144 pessoas. Faz ainda 50 encaminhados a órgãos de controle e fiscalização para instauração de procedimentos administrativos.
Na lista dos citados, aparece o nome de Carlos Alberto Caser, ex-presidente da Funcef e que deixou o cargo recentemente. Ele foi procurado, mas não retornou para comentar a decisão da CPI.
Entre os negócios suspeitos analisados, o relatório cita a contratação do banco BNY Mellon pelo Postalis na compra de papéis da dívida da Argentina e da Venezuela que geraram perdas de R$ 240 milhões e outro investimento com a mediação da mesma instituição no fundo Serengeti (banco BVA), outros R$ 46 milhões. Destaca a aplicação da Funcef no fundo de investimentos da OAS, que gerou prejuízo de R$ 200 milhões.
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