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Caoa promete dividir ativos do BVA com credores

O empresário Carlos Oliveira Andrade fez ontem uma nova proposta aos credores do BVA na tentativa de conseguir comprar o banco. O dono do grupo Caoa se comprometeu a dividir com eles créditos que estão no balanço do banco e que eventualmente possam ser recuperados. Quase num apelo pessoal, o empresário divulgou uma nota, no início da noite, por meio da qual explica não poder diminuir o deságio de 65% já proposto. “Esse é o único preço que equilibra o balanço patrimonial, na nossa avaliação.”

O que o empresário avança em relação à proposta original é a criação de algum tipo de instrumento que abrigue operações de crédito detidas pelo BVA em seu balanço de 18 de outubro de 2012, data da intervenção do Banco Central.

A recuperação de ativos que estão no BVA pode não ser fácil. Mas a intenção do empresário é demonstrar que esses créditos representam o único avanço possível de fazer à proposta, dada a situação do banco. Apesar disso, Oliveira Andrade está otimista. Segundo fontes ligadas à negociação, ele se animou com a adesão de quase 65% dos credores à proposta de deságio. No início da semana passada, tinha 50%.

Com isso, o valor final que os credores receberiam do banco não seria mais pré-definido. Dependeria do quanto esse instrumento que receberia créditos do banco conseguiria recuperar. Não está claro ainda quem faria a gestão disso ou quais operações iriam para dentro desse veículo. “Os créditos, caso sejam pagos, poderão reduzir as perdas dos depositantes que optaram em apoiar a minha proposta”, disse o empresário, por meio da nota.

No comunicado em que se expressa em primeira pessoa, ele revela ainda que a mesma oferta foi estendida para os credores da dívida externa do banco.

Por meio da mesma nota, o empresário aponta sua tentativa de comprar o BVA, onde ele próprio tem R$ 500 milhões em créditos a receber, “uma operação muito difícil, pois nunca um banco que foi submetido à intervenção conseguiu se recuperar”.

Apesar do otimismo do grupo com o aumento do interesse dos credores, somente com adesão de credores que detêm 95% da dívida do banco é que o plano pode dar certo.

O fim do comunicado é também tem tom de apelo: “tendo a certeza que vários investidores aplicaram suas economias amealhadas durante muitos anos, permito-me concluir que essa proposta minimiza o prejuízo a que estão sujeitos os credores do BVA assim como proporcionará rapidez em reaver parte do dinheiro aplicado”.

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marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.