Basileia adia regra de banco ‘grande demais para quebrar’
As exigências de capital adicional e outras medidas de segurança para os bancos considerados “grandes demais para quebrar” não serão aprovadas no G-20, em novembro, afetando resultados previstos para o encontro das maiores economias em Seul (Coreia).
O Comitê de Basileia de Supervisão Bancária (CBSB) anunciou ontem que só completará seus trabalhos na metade de 2011, ilustrando fortes divergências entre países e entre reguladores e bancos. Grandes instituições alegam que exigências além do que já foram anunciadas para todas as instituições vão cortar mais o crédito para empresas e afetar o emprego.
Reunido na capital coreana, o Comitê de Basileia avisou que só vai completar no final do ano os indicadores quantitativos e qualitativos para avaliar instituições financeiras sistemicamente importantes a nível global, e até meados de 2011 os números sobre a capital suplementar para absorção de perdas a ser imposto a essas instituições.
A Suíça decidiu recentemente se antecipar e já impor a seus dois grandes bancos – UBS e o Credit Suisse – que elevem seu capital a 19% dos ativos ponderados pelo risco, quase o dobro do que será requerido pelo novo acordo das instituições em geral. No total, será exigido tanto do UBS como do Credit Suisse fundo próprio de US$ 75 bilhões no caso de seus ativos serem de US$ 400 bilhões, por exemplo. Para se ter uma idéia da briga sobre o conceito de instituição sistemicamente importante, basta ver que Itaú Unibanco e Bradesco são muito maiores, em termos de capitalização de mercado, do que os dois grandes bancos suíços, que perderam metade de seu valor no rastro da crise global. (AM)
Fonte: Valor Economico