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Barclays é alvo de nova investigação

Promotores do Reino Unido encarregados de casos de fraude podem iniciar ainda nesta semana uma investigação criminal sobre os pagamentos que o Barclays fez, em 2008, ao fundo soberano de investimentos do Qatar enquanto tentava levantar dinheiro. A informação foi dada ontem por duas pessoas a par do caso.

O Serious Fraud Office (SFO), que promove ações penais contra subornos e crimes do colarinho branco, deve informar o banco de Londres, ainda nesta semana, sua decisão de iniciar uma investigação. Promotores estão trabalhando com a Financial Services Authority (FSA), a autoridade reguladora do setor financeiro do Reino Unido, que está conduzindo uma investigação civil para descobrir se o banco revelou de maneira adequada as comissões que concordou em pagar à Qatar Investment Authority (QIA, na sigla em inglês).

O Barclays captou 7 bilhões de libras junto a investidores como os fundos soberanos de investimentos de Abu Dhabi e do Qatar, depois do início da crise financeira em 2008. A iniciativa permitiu ao banco evitar um socorro do governo, ao contrário do Royal Bank of Scotland (RBS) e do Lloyds Banking Group.

A investigação será mais uma armadilha jurídica para o segundo maior banco britânico em ativos, depois que pagou às autoridades americanas e britânicas uma multa recorde de 290 milhões de libras (US$ 459,5 milhões) em junho, pela manipulação da taxa do mercado interbancário de Londres, a Libor. O caso levou às demissões de três executivos da cúpula do Barclays, incluindo o presidente-executivo Robert Diamond.

David Jones, porta-voz do SFO, John McGuinness, porta-voz do Barclays, e um porta-voz do QIA não quiseram fazer comentários.

“A FSA está investigando a adequação da informação em relação a comissões atribuíveis sob certos acordos comerciais e se esses podem estar relacionados aos aumentos de capital do Barclays em junho e novembro de 2008”, informou o banco em um comunicado em 27 de julho.

“O banco firmou um acordo para o fornecimento de serviços de consultoria pela Qatar Investment Authority ao Barclays no Oriente Médio”, disse o banco em um comunicado de junho de 2008, em que detalhou a captação de recursos. A FSA está analisando a adequação desse comunicado, segundo informou uma das fontes.

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marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.