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Bancos apostam em estrutura própria para obter segurança

Os investimentos dos bancos em tecnologia superaram a marca de R$ 20 bilhões em 2012, tendência que vem se mantendo até mesmo em períodos de crise. Em 2011, o montante havia sido de R$ 18,4 bilhões. Os recursos aplicados pelas instituições financeiras acompanham o crescimento da bancarização, que atinge hoje 55,9% da população adulta, de acordo com dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Os investimentos privilegiam o aperfeiçoamento de novas plataformas, como internet banking e mobile banking, responsáveis por 42% das operações realizadas em 2012. Para armazenar e gerenciar as informações das mais de 166 milhões de contas bancárias e dos 750 milhões de cartões (débito, crédito e lojas), os principais bancos e administradores de cartões não poupam recursos em data centers que garantam a segurança das informações de seus clientes.

Segundo Luis Antonio Rodrigues, diretor setorial de tecnologia bancária da Febraban, os investimentos priorizam a segurança das operações. “Os bancos sempre investiram em mecanismo contra invasões e apostam na eficiência de meios como biometria, cartões de segurança e também ferramentas de gestão e monitoramento de ambientes”. Conforme dados da Febraban, as perdas dos bancos em fraudes eletrônicas somaram R$ 1,4 bilhão em 2012, número 6,7% inferior ao registrado em 2011. Este volume representa 0,007% das transações bancárias no país. No ano passado, foram 35,7 bilhões de operações.

Os investimentos dos bancos estão sendo feitos em data centers próprios, sem a presença de “colocations” (infraestrutura externa) ou “hostings” (provedores externos). As informações dos clientes estão armazenadas sempre nos servidores das próprias organizações. “Os bancos colocam em nuvem apenas os dados abertos ao público em geral, como aplicativos e áreas de internet que não necessitem de login”, afirma Rodrigues.

O Itaú-Unibanco programa investir R$ 10,4 bilhões em tecnologia, dos quais R$ 2,3 bilhões serão destinados à construção de um data center em Mogi Mirim (SP). Os investimentos são pensados para suportar o crescimento nos próximos 30 anos. O novo centro ocupará uma área de 67 mil m2 e deve entrar em operação em 2015. O data center atual, na Mooca, será mantido para armazenamento de dados históricos e para situações extremas de contingenciamento.

Segundo Rooney Silva, diretor de infraestrututra de TI do Itau-Unibanco, o espaço estará em sintonia com as mais avançadas certificações de segurança física e de infraestrutura. “Internamente, haverá cinco níveis de segurança. Os níveis de redundância serão em dois prédios localizados a 700 metros um do outro. Obedecemos todas as normas de sustentabilidade na construção e termos de excelência no consumo energético e de refrigeração”, afirma.

Já em 2013, o Santander deverá iniciar as operações em seu novo centro tecnológico no município de Campinas (SP). O investimento inicial é de R$ 450 milhões e prevê a construção de quatro prédios –um data center principal, outro para redundância, setor administrativo e logística. Segundo Fernando Diaz, diretor executivo de tecnologia, o projeto é pensado para os próximos 20 anos e coloca o país no mesmo patamar da Espanha, Inglaterra e México.

Inaugurado em 2007, o data center do Bradesco faz parte de um projeto de modernização tecnológica iniciado em 2003. O espaço fica na sede do banco, em Osasco (SP), e conta com uma unidade de contingência em Alphaville (SP). Segundo Waldemar Ruggiero, diretor de processamento e comunicação de dados, o investimento total no projeto foi de R$ 4 bilhões. “Todos os dados estão nos dois ambientes e há comunicação on line permanente”, diz. A estrutura do projeto prevê o crescimento do banco para os próximos 20 anos.

A operadora de cartões Redecard utiliza dois espaços próprios alocados nos data centers do Itau-Unibanco. Segundo Jorge Ramalho, diretor de tecnologia, a Redecard se beneficia de toda qualidade de infraestrutura e segurança do centro de operações do Itaú e há ainda uma preocupação especial com as normas de segurança. “Investimos continuamente em segurança de dados sistêmico dos clientes e de documentos. Toda a infraestrutura possui mecanismos de controle da informação, com ferramentas que classificam, organizam e efetuam o monitoramento das informações que são trafegadas na rede. A segurança é reforçada com um sistema de criptografia e toda rede da empresa está protegida por ‘firewalls’ e soluções contra ataques”, afirma

Ramalho afirma que a atual estrutura supera as demandas do mercado. “Estamos dimensionado para suportar cinco vezes o volume de transações que acontecem no horário de pico. O ambiente trabalha com redundância ativa, tendo entre dois a quatro níveis de redundância por ambiente.”

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marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.