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Artigo de março de 2015: Falta Honestidade, conduta e justiça

Adoro meu país, mas esta difícil defender junto aos questionamentos que recebemos do mundo todo, tipo isso esta acontecendo mesmo e alguém foi preso? Respondo, que existem leis, mais quem é da cúpula governamental ou possui o partido na liderança do governo não vai preso e não respeitam a legislação e quem tem dinheiro não vai preso, quem desvia verbas para propósitos sem justificativa (fraudes e lavagem de dinheiro), quando é condenado, cumpre a pena em liberdade, e assim caminha a humanidade.

Contratamos obras superfaturadas e o dinheiro retorna como doações de campanha, e os políticos dizem que a doação é legal, e ficamos a espera se delação premiada e processos de leniência para torcer que alguma coisa aconteça, para entender onde foi parar estes R$ 88 bilhões.

O ministro da justiça procura os advogados das empreiteiras e pede algumas ações que não sabemos qual é, mas o ministro é do partido da situação, então devem estar procurando uma forma de defender os interesses do país e dos cidadãos, não somente seus próprios interesses, pelo menos foi isso que ficou evidenciado.

A presidente prometeu um monte de coisas em sua campanha, atacou adversários e fez pior do que as acusações contra seus “inimigos”. citamos abaixo algumas promessas:

  • Redução dos impostos sobre a folha de pagamento das empresas para estimular a geração de empregos.
  • Garantir educação para a igualdade social, a cidadania e o desenvolvimento
  • Garantir a segurança dos cidadãos e combater o crime organizado.
  • Ampliação dos investimentos na saúde pública, adotando os 10% do Orçamento da União defendidos pelos movimentos sociais e especialistas, com especial atenção à melhoria da infraestrutura hospitalar e ambulatorial, ao fornecimento de material de atendimento clínico
  • Ampliação dos investimentos em educação, atingindo os 10% do PIB reivindicados pelos movimentos sociais e pelos especialistas na área, combinando isto com uma ampla mudança pedagógica e curricular
  • fortalecimento dos mecanismos de combate a corrupção e penalização dos corruptores, sob o viés da luta contra os monopólios, cartéis e outras formas de domínio sobre o mercado, combinado com mecanismos de apoio à democratização econômica, a exemplo da economia solidária e cooperativas e/ou associações de micros, pequenos e médios produtores.

Bom, depois de ler estes itens acima, vocês podem tirar suas próprias conclusões, e sem contar o aumento da energia e dos impostos.

Voltando para Operação Lava Jata, virei fã do Juiz Sergio Moro, que está peitando toda esta corja de corruptos e corruptores, mas será que quando for para p supremo não teremos o “Mensalão 2 – o retorno“, que o que era para ser um divisor de águas, virou um cala a boca, com todo mundo fora da prisão e recebendo comissões do “Petrolão“, digo, Petrobras e BR Distribuidora, é simplesmente fantástico.

Falamos muito de compliance, prevenção a lavagem de dinheiro, lei anticorrupção, planejamento governamental, gestão de riscos entre outros termos, mas o que vemos na mídia, exemplo do Jornal do Brasil do dia 19/02:

A recente operação batizada de “SwissLeaks” revelou o lado obscuro da fraude fiscal. Informações sobre milhares de contas escondidas no banco britânico HSBC foram vazadas pelo ex-funcionário Hervé Falciani. Quase 180 bilhões de dólares teriam transitado por mais de 100 mil contas do banco em Genebra, na Suíça. Os dados foram analisados por 154 repórteres de 47 países e correspondem ao período que vai de 2005 a 2007.

O ex-funcionário fugiu para a França com os dados e as listas de nomes. Em 2009, Hervé foi cercado pela polícia francesa e teve seu computador apreendido, revelando todo o esquema de lavagem de dinheiro do banco inglês na Suíça. Ao total, cerca de 130 mil nomes foram divulgados.

Só o governo venezuelano do falecido ex-presidente Hugo Chávez depositou US$ 12 bilhões em quatro contas bancárias do HSBC naquele período, segundo o Swissleaks. Um primo do presidente sírio Bashar al-Assad, Rami Makhoul, mantinha US$ 15 milhões em sua conta. Outros nomes que aparecem são os dos reis Mohamed VI de Marrocos e Abdullah II da Jordânia.

O Brasil surge em nono na lista de clientes com contas escondidas. O banco teria ajudado mais de 8,7 mil brasileiros a depositar cerca de US$ 7 bilhões nas contas secretas.

Agora quando falamos em processo de Governança Corporativa a Petrobras nos dá uma lição de como não fazer, digo fazer de conta, impressionante como um processo deste nos Estados Unidos, não morro de amor por tudo que fazem, mas nestes casos sou fã de carteirinha, basta lembrar da ENRON, Madoff, WorldCom, basta ler meu artigo: Controles Internos e Contábeis na melhoria da Gestão de Negócios, espero que um dia alguém possa fazer aquilo que esperemos deles, ser honesto e fazer as coisas em conformidade com as leis.

Mas a nossa imagem esta detonada e vem mais problemas para o Brasil e Petrobras, se aqui acreditamos que pode acabar em pizza, nos estados unidos o PCAOB é uma corporação sem fins lucrativos criada pelo Congresso para supervisionar as auditorias das empresas públicas, a fim de proteger os investidores e do interesse público através da promoção de relatórios de auditoria mais informativos, precisos e independentes. O PCAOB também supervisiona as auditorias de corretoras e distribuidoras , incluindo relatórios de compliance apresentados em conformidade com as leis federais de valores mobiliários, para promover a proteção dos investidores.

Portanto, nós profissionais de governança e gestão devemos tirar aprendizado deste fato, e ainda estava esquecendo do nosso Professor Xavier, digo EIKE BATISTA, também digno de estudo, afinal ele é nossa ENRON Brasileira, assista ao documentário da “Enron – Os mais espertos da sala“, e faça suas analises.

Agora para completar temos a delação do Marcelo Odebrecht, o casal Santana, marketeiros do PT, a delação da Familia JBS, entre outras coisas, será que terá um fim, isso ainda não sabemos, mas temos a chance de mudar tudo, pois como tem coisa errada, e como sempre digo #ficaadica ou #pensenisso.

Por Marcos Assi

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.