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Aposentada é vítima de empréstimos

Auditor

A aposentada Melina Alves de Campos Carollo, 57 anos, não sabe mais o que fazer para impedir que parcelas de empréstimos bancários já quitados continuem sendo descontadas no holerite de sua aposentadoria.

Desesperada, dona Melina chora enquanto tenta entender o emaranhado de contratos novos e renovados sem sua autorização que aparecem nos arquivos do Banco Panamericano. Há cerca de uma semana, por exemplo, a aposentada foi ao banco, onde descobriu três dívidas novas, cada uma com 36 prestações dos seguintes valores: R$ 340,49, R$ 26,71 e R$ 21,99.

Antes disso, denuncia ela, o Panamericano já vinha descontando indevidamente dois financiamentos. Desde março de 2009, conta, paga parcelas (nos valores de R$ 24,04 e R$ 19,79), referentes a contratos que ela desconhece.

A história de dona Melina Carollo com esse banco começou em 2005, quando ela fez os primeiros financiamentos. Depois, em 2008, refinanciou as últimas parcelas das dívidas para pegar mais um empréstimo.

Na ocasião, diz, assumiu prestações dos mesmos valores que agora reapareceram misteriosamente, ou seja, R$ 340,49, R$ 26,71 e R$ 21,99. Sem que estivesse autorizado, começaram a surgir outros contratos de dívidas que jamais assinou.

Atualmente, reclama, tem 11 financiamentos no nome dela em aberto no banco. Alguns, mostrados pela aposentada à reportagem, estão em formulários preenchidos à mão que apresentam rasuras grosseiras nos espaços destinados às datas (mês, dia e ano).

No dia 11 de fevereiro deste ano, Melina Carollo procurou outro banco com o objetivo de fazer um novo financiamento. Essa instituição bancária pagaria a dívida dela no Panamericano e ainda lhe daria um empréstimo em dinheiro.

O novo banco fez o que dona Melina queria, pagou as dívidas delas junto à instituição anterior, quitando os três contratos dos refinanciamentos que ela assinara. Com essa transação financeira a aposentada acabou arrumando mais um problema.

Mais de 30 dias se passaram e ela continua devedora, desses e de todos os outros empréstimos que aparecem no nome dela. Este mês, por exemplo, descontaram R$ 517,13 da sua aposentadoria. E como ainda está “devendo”, não pode receber o que sobraria do financiamento, enquanto o banco que pagou sua dívida fica impedido de descontar as parcelas na aposentadoria dela.

Por causa dessa situação complicada, dona Melina diz que foi parar duas vezes no hospital com crise de hipertensão arterial. O pior é que o endividamento a impede de pagar em dia as parcelas do plano de saúde.

Com sede na capital de São Paulo, o Panamericano informou, por meio da assessoria de imprensa, que precisaria de um prazo de pelos menos 10 dias para informar o que aconteceu com dona Melina. Verificar, por exemplo, se ela foi vítima de algum tipo de golpe. A reportagem, a pedido do banco, enviou solicitação para que os contratos que aparecem em nome dela sejam analisados um por um. Até o encerramento desta edição nenhuma resposta havia sido enviada pela instituição.

Fonte: Alecy Alves, Diário de Cuiaba

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.