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Adoção de assembleia virtual por empresas cresce a passos lentos

Sala de reuniãoO uso do sistema de voto por procuração eletrônica deve crescer um pouco nesta temporada de assembleias ordinárias, mas ainda esta longe de se tornar uma ferramenta popular para manifestação dos investidores minoritários no Brasil.

Há duas consultorias de relações com investidores que oferecem esse tipo de serviço no Brasil, que pode ser feito também pela própria empresa. Na MZ Consult, a maior delas, a expectativa é de que 15 empresas usem o sistema, batizado de “assembleia online”.

No ano passado, 11 clientes da MZ ofereciam essa facilidade para os seus acionistas. Na concorrente Firb, a expectativa por ora é de que se mantenha o mesmo número de 2010, quanto duas empresas abertas usaram o “assembleia na web”.

Esse serviço, que prevê o uso de certificação digital, foi criado no ano passado, depois da edição, no fim de 2009, da instrução nº 481 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que regulamenta o pedido público de procuração para votação em assembleia.

No sistema da MZ existem hoje mil investidores cadastrados e a expectativa da empresa é de que esse número cresça de 10% a 15% nesta temporada de assembleias.

Apesar desse número, o registro efetivo dos votos é bem menor. Segundo Daniel Rodrigues, coordenador do sistema assembleias online na MZ, em uma determinada companhia a participação subiu de 16 votos no primeiro encontro para 60 na última reunião de acionistas.

O crescimento da participação virá com o tempo, avalia Tereza Kaneta, presidente da MZ Consult. “Tem uma barreira cultural tanto do lado das empresas como dos investidores para registrar o voto. Mas isso está mudando, assim como o mercado brasileiro”, afirma a executiva.

Para Arleu Anhalt, presidente da Firb, como não existe o hábito de se comparecer a assembleia no Brasil, apenas dois tipos de empresas acabam buscando o serviço de assembleia virtual. “São aquelas com capital pulverizado, que tem dificuldade de fazer os acionistas participarem, ou empresas que querem mostrar uma governança diferenciada”, afirma, citando como exemplo suas clientes Eternit e Natura.

Os sistemas das duas empresas permitem a transmissão da assembleia por video na internet, mas nenhuma empresa usou essa ferramenta até agora. Em ambos os casos, o voto eletrônico precisa ser feito com antecedência – normalmente até a véspera -, sendo que a companhia inicia a assembleia já sabendo como votaram esses acionistas.

Fonte: Fernando Torres, Valor Economico

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.