Acusado de corrupção teria usado repatriação de ativos no exterior para lavar R$ 48 milhões
Quando falamos que a repatriação de ativos no exterior poderia favorecer muitas pessoas que desviaram valores para contas não identificadas fora do território nacional, muitas pessoas me criticaram, alegando que muitas pessoas desconheciam as regras, mas por que não consultaram algum profissional que pudesse orienta-los? Mas, sempre desconfio destas farras regulatórias, e nos ultimos meses, estão aparecendo varios casos de pessoas indiciadas por corrupção e lavagem de dinheiro, que se beneficiaram da lei.
Para quem trabalha com prevenção e combate a lavagem de dinheiro, isto é um inferno, pois todos os gestores questionam sobre o assunto, mas segue abaixo matéria do Valor Economico de 13/06/17 para conhecimento:
Acusado de lavagem de dinheiro de R$ 48 milhões usando a lei de regularização de ativos no exterior, o
ex-gerente da Petrobras Marcio de Almeida Ferreira tornou-se réu por corrupção e lavagem de dinheiro por decisão do juiz federal Sergio Moro, nesta terça-feira.
Foram tornados réus, ainda, os também ex-gerentes Edison Krummenauer e Maurício Guedes, o administrador ligado à Andrade Gutierrez, Luis Mattoni, e os empresários Marivaldo Escalfoni, da empresa Akyzo, e Paulo Roberto Fernandes, da Liderrol.
O Ministério Público Federal (MPF) afirma que os ex-gerentes se integraram organização criminosa e se envolveram em esquema de corrupção e lavagem de ativos que desviou mais de R$ 150 milhões da Petrobras, em diversas obras das áreas de Energia e Gás da estatal, de 2003 até junho de 2016 – já sob a nova administração da companhia.
O MPF diz que as empreiteiras que buscavam contratos com a Petrobras procuravam Marivaldo Escalfoni e Paulo Roberto Fernandes, que atuavam como intermediários das empresas com os funcionários públicos da estatal, segundo a procuradoria.
A acusação afirma que os então gerentes da Petrobras forneciam informações privilegiadas e ajudavam as empresas indicadas pelos dois empresários a vencer as licitações nas áreas de Energia e Gás da petrolífera.
Como contrapartida, os intermediários repassavam propinas por entregas de dinheiro vivo, pagamento de despesas pessoais dos funcionários da Petrobras e pagavam por operação ‘dólarcabo’ (por fora do sistema bancário) para depósito em conta secreta de Krummenauer na Suíça, segundo o MPF.
Fonte: valor.com.br – acusado-de-corrupcao-teria-usado-repatriacao-para-lavar-r-48-milhoes