Ações do PanAmericano desabam no dia e puxam queda de pares do setor
Depois da descoberta pelo Banco Central de uma série de erros contábeis nos balanços do Banco PanAmericano, que levaram a um aporte de R$ 2,5 bilhões de seu controlador, o Grupo Silvio Santos, as ações despencam nesta jornada.
Por volta das 12h30, os papéis PN do banco recuavam 24,96%, a R$ 5,08, com total negociado de R$ 61,6 milhõe dos. As ações ficaram em leilão até 12 horas, diante de uma queda de 40,91%.
Os recursos voltados ao PanAmericano serão obtidos mediante uma operação financeira contratada com o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) e integralmente garantida por bens do patrimônio empresarial do grupo.
A necessidade do aporte surgiu após terem sido encontradas “inconsistências contábeis” nos balanços, que não estariam refletindo adequadamente a situação patrimonial do banco.
Nesta quarta-feira, a agência de classificação de risco Moody’s colocou todas as notas atribuídas ao PanAmericano em revisão, para possível rebaixamento.
Além da necessidade do aporte, a Moody´s lista como razões para a reavaliação a “rápida queda no valor de mercado” do banco e, ainda, a troca de toda a diretoria-executiva.
Estão em exame o “rating de força financeira de bancos (D), ratings de longo prazo de depósito em moeda local e estrangeira (Ba2), de dívida senior de longo prazo (Ba2) e de dívida subordinada (Ba3), assim como os ratings de depósito na escala nacional brasileira de longo (A1.br) e curto prazo (BR-1)”.
A revelação do PanAmericano ainda gera insegurança para todo o setor de médio porte e afeta as ações de pares da instituição, como Bic Banco PN (-5,42%, a R$ 14,99), Sofisa PN (-4,03%, a R$ 4,99), Pine PN (-3,39%, a R$ 13,39), Daycoval PN (-3,30%, a R$ 11,99) e ABC Brasil PN (-3,28%, a R$ 15,89).
Já os papéis de bancos maiores continuam a registrar alta nesta jornada, caso das units do Santander Brasil (0,97%, a R$ 24,74), dos papéis PN do Bradesco (0,77%, a R$ 36,28), do Itaú Unibanco (0,35%, a R$ 42,51) e do Banco do Brasil ON (0,32%, a R$ 33,95).
Fonte: Beatriz Cutait,Valor Economico, 12:44