Fraude com documentos pessoais atormentam a vida dos brasileiros
As tentativas de fraudes com documentos pessoais roubados ou perdidos atormentam milhares de brasileiros. Só no mês passado, foram registradas 150 mil.
Será que os seus dados pessoais estão bem protegidos? “Fico, sempre fico um pouco cismada”, admite a psicóloga Adriana Fernandes.
Nome completo, filiação, RG, CPF, data de nascimento, com esses dados em mãos, alguém mal intencionado pode se passar por outra pessoa. A cada 16 segundos, no Brasil, acontece uma tentativa de fraude desse tipo.
E muitas vezes a vítima só descobre quando precisa de crédito. Sandro não conseguiu financiamento para trocar de carro. Estava no cadastro de inadimplentes por causa de um telefone celular que ele nunca comprou. “Uma sensação de fragilidade porque não consigo entender como eles conseguem os nossos dados e conseguem fazer esse tipo de fraude e contratações em meu nome”, conta Sandro Cristovão Kaneko, empresário.
Quem já teve os documentos roubados tem mais chance de ser vítima. Mas muitas vezes é o próprio consumidor quem se expõe.
“Esse consumidor é que passa os dados pra o fraudador sem perceber. Por meio, por exemplo, do preenchimento de cadastro em promoções, oferta de empregos, ou até mesmo troca de informações por meio de cupons”, aponta Vander Nagata, Serasa Experian.
O setor de telefonia é o maior alvo. Seguido dos setores de serviços, bancário e varejo. Entre as principais tentativas de golpe estão a emissão de cartão de crédito, a abertura de conta corrente e o financiamento de eletrônicos. O fraudador deixa a conta para a vítima e o prejuízo para a empresa.
“E até você explicar que focinho de porco não é tomada, seu nome já tá na lama”, comenta um rapaz.
Se isso acontecer, a primeira providência é registrar um boletim de ocorrência. Depois, tentar negociar amigavelmente com a empresa que alega que você está em débito. Se não resolver, a vítima deve recorrer à Justiça.
“Ela deve provar que efetivamente não foi ela que realizou essas operações. Uma baita dor de cabeça’, diz Vander Nagata, Serasa Experian.
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