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Fraudes de R$ 900 mi estimulam bancos a investir em segurança

Proteção de dadosAs fraudes de R$ 900 milhões registradas entre os anos de 2009 e 2010, de acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) estão criando um cenário onde é cada vez maior a preocupação do setor de transações on-line (internet banking), bem como das empresas fabricantes de softwares de segurança em criar soluções para atender a este mercado.

De acordo com pesquisa realizada em 14 países pela ACI Worldwide, fornecedora de soluções e softwares para pagamentos eletrônicos, 53% dos brasileiros estariam dispostos a mudar de instituição financeira se fossem vítimas de fraude, sendo o maior medo do brasileiro a fraude em serviços de banco on-line, com 34%.

“O Brasil é considerado um País seguro no que diz respeito à segurança nas transações. Mas a demanda por novas ferramentas de proteção seguirá crescendo a medida que novas modalidades de fraudes vão surgindo”, diz Hugo Costa, diretor da ACI no Brasil.

O foco do desenvolvimento das empresas de segurança tem sido nos últimos anos em sistemas que analisam o comportamento bancário do cliente durante o dia. “Não existe uma solução que é 100% segura. O que garante um maior nível de segurança é um conjunto de ferramentas. Uma que tem sido bastante utilizada avalia o comportamento do cliente. Se são verificadas ações que ele não faz usualmente, é emitido um alerta ao banco”, explica Costa.

Consta na pesquisa da ACI que o Brasil é o País com maior número de pessoas com mais medo de serem vítimas de fraudes de cartão, com 41%. Seguem na lista os EUA, com 37%; Reino Unido, com 37%, e a Índia, com 56%. O País cuja população estaria menos preocupada com esta modalidade de crime é a Holanda, onde 61% dos entrevistados responderam que não se sentem fragilizados quando da operação bancária on-line.

O executivo diz, ainda, que a massificação das transações via Internet é um fator que deve aumentar a segurança nos sistemas e, também, a demanda por novas soluções divididas em três pilares. “Os bancos vão aderir às novas tecnologias devido o crescimento das transações via Internet, como o software de avaliação de comportamento.

Em segundo lugar, existe uma questão cultural, que envolve o fato de como e de onde o correntista acessa sua conta ou realiza compras. Por fim, novos e melhores antivírus devem ser criados”, diz.

O internet banking atingiu em 2010, um recorde histórico. Foram 12,8 bilhões de transações, o que faz desse canal o segundo preferido dos brasileiros na hora de realizar as operações bancárias, com 23% do total das transações realizadas no período e aumento de 27,4% na comparação com 2009. Os dados fazem parte da pesquisa O Setor Bancário em Números, divulgada em maio pela Febraban.

De acordo com dados também da Febraban, o volume de ataques aos site bancários também vem aumentando. Em 2008 as fraudes caíram 29%, se considerado o número de ocorrências, e 25%, se considerado o volume de dinheiro envolvido, em comparação a 2007, que já havia registrado queda ante a 2006.

“O setor bancário tem investido milhões em tecnologias que aumentam a segurança como os tokens [gerador de senhas] e cartões geradores de contra-senhas, antitrojans, biometria, etc. Em épocas de datas comemorativas, por exemplo, o monitoramento das transações aumenta”, conta uma fonte ligada ao setor.

Outro destaque da pesquisa O Setor Bancário em Números, da Febraban, foram as despesas e investimentos das instituições brasileiras em Tecnologia da Informação (TI), que atingiram R$ 22 bilhões em 2010, crescimento de 15% em relação a 2009. Esse total é composto por despesas (R$ 15,4 bilhões, aumento de 13% na comparação 2010/2009) e investimentos (R$ 6,6 bilhões – expansão de 19%).

“Esses números mostram que os investimentos TI cresce acima da media de despesas do setor, o que significa que os bancos vêem em TI uma importante alavanca para suas estratégias de crescimento”, destaca Roxo, da comissão organizadora do estudo.

Unisys

O crescimento da preocupação das pessoas com quase todos os aspectos da segurança, incluindo ameaças financeiras on-line, pode ser verificado também no relatório bianual Security Index desenvolvido pela Unisys.

Nos quase cinco anos desde que a Unisys iniciou a realização do estudo, os números do índice para as suas quatro categorias de ameaça – pessoal, nacional, financeira e Internet – permaneceram relativamente estáveis, mas nos últimos seis meses houve um súbito e inesperado aumento nas preocupações.

Fonte: Bruno De Oliveira, DCI

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.