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UBS afasta operadores suspeitos de fraude

O UBS suspendeu alguns de seus mais antigos traders em conexão com uma investigação internacional sobre possível manipulação de taxas usadas em empréstimos interbancários, na mais recente controvérsia envolvendo o banco desde o começo da crise financeira.

Agências fiscalizadoras na América do Norte, Europa e Japão estão investigando se operadores de grande bancos americanos e europeus conspiraram para influenciar a London Interbank Offered Rate (Libor e outras taxas de referência para empréstimos.

Essa investigação foi ampliada em semanas recentes e mais de uma dezena de traders foram demitidos, suspensos ou colocados em licença administrativa em diversos bancos, como o UBS, Royal Bank of Scotland, Deutsche Bank, J.P. Morgan Chase e Citigroup, devido à investigação.

Fontes bem informadas sobre a investigação disseram ao “Financial Times” que Yvan Ducrot, codiretor de negócios com taxas no UBS, e Holger Seger, chefe mundial de negócios com taxas de juros em curto prazo, são dois traders em um grupo de baseados em Zurique que foram suspensos enquanto aguardam o aprofundamento de investigações sobre o processo de fixação das taxas pelo banco.

Alguns foram suspensos no ano passado e outros no fim de janeiro, segundo as fontes. O UBS e Ducrot recusaram-se a comentar, ao passo que Seger não respondeu às tentativas de contato.

Com o progresso da investigação, pelo menos 10 agências fiscalizadoras nacionais começaram a divulgar informações adicionais de suas investigações sobre a fixação das taxas Libor, que servem como referência para US$ 350 trilhões de produtos financeiros.

As agências fiscalizadoras também estenderam suas investigações aos fundos de hedge que fazem grandes apostas em variações na Libor e outras principais taxas nas quais os empréstimos se baseiam, bem como corretores intertraders que funcionam como intermediários entre mesas de operações bancárias.

O UBS é um exemplo do pequeno número de bancos que apresentaram informações sobre possíveis abusos nos processos de definição de taxas. No ano passado, o banco informou que lhe havia sido concedida uma denominada “imunidade condicional” pelo Departamento de Justiça dos EUA e pela agência suíça fiscalizadora de concorrência, em conexão com possíveis violações da lei antitruste relacionadas com as suas propostas para a taxa de Londres para empréstimos em ienes, conhecida como Libor iene, e a taxa interbancária em Tóquio, denominada Tibor.

Mas dois traders do UBS disseram ao “FT” não saber as razões de sua suspensão.

A investigação está analisando se os traders em diferentes bancos tentaram coordenar taxas sugeridas às comissões que determinam as taxas de referência para empréstimos em várias jurisdições. Em dezembro, agências fiscalizadoras japonesas puniram o UBS e o Citigroup devido a tentativas anteriores de traders nos dois bancos em Tóquio de influenciar a Libor iene e a Tibor para melhorar os resultados de suas operações.

Fonte: Megan Murphy e Cynthia O’Murchu | Financial Times, Valor Economico

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.