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PwC é alvo de investigação por operação do Barclays

A PwC enfrenta uma investigação sobre possível conduta imprópria por não ter detectado que, por oito anos, o Barclays falhou em manter o dinheiro de clientes segregado.

Entre 2001 e 2009, o Barclays Capital, braço de investimentos do banco inglês, misturou rotineiramente fundos de clientes com seus próprios recursos, colocando em risco aplicações de até 752 milhões de libras. O banco foi multado em 1,1 milhão de libras pela Financial Services Authority (FSA) em janeiro.

A PwC, auditora do Barclays, era responsável por assegurar que o banco cumprisse as regras da FSA sobre a segregação de ativos de clientes.

Agora, a firma de auditoria será investigada pelo Accountancy and Actuarial Discipline Board (AABD), uma unidade do Financial Reporting Council.

O anúncio veio a público na sexta-feira, menos de um mês após a AADB ter recomendado que a PwC seja obrigada a pagar uma multa de até 34 milhões de libras por não ter detectado a falta de segregação do dinheiro da clientela do J.P. Morgan.

A empresa admitiu a culpa por suas repetidas garantias à FSA de que o J.P. Morgan estava em conformidade com as regras. No entanto, a PwC disse que as circunstâncias do caso Barclays foram “completamente distintas e, por isso, tomamos a decisão de defender vigorosamente nosso trabalho”.

Uma pessoa próxima à firma de auditoria disse que a principal diferença é que, ao contrário do J.P. Morgan, o Barclays Capital devolvia os fundos de clientes a contas separadas no fim do dia.

A PwC não teria detectado a mistura de dinheiro do cliente com recursos do próprio banco porque não tinha como controlador o movimento dos fundos ao longo do dia.

A negligência do J.P. Morgan também foi em maior escala: seus negócios com futuros e opções colocaram em risco até 16 bilhões de libras de fundos de clientes durante sete anos.

A multa de 33,32 milhões de libras, em junho de 2010, foi a maior já imposta pela FSA.

De acordo com a pessoa próxima a PwC, a firma colaborou com a FSA visando reformular seus processos e agora dá a seus auditores treinamento especial para detectar tais práticas.

A FSA assumiu a aplicação das regras de segregação como uma prioridade desde o colapso do Lehman Brothers, em 2008, cujos clientes enfrentaram uma longa luta para recuperar os fundos mantidos pelo banco.

Na semana passada, o órgão impôs uma multa de 3,5 milhões de libras à Integrated Financial Arrangements, gestora da Transact, que opera um serviço on-line de gestão de fundos, por infrações das regras de segregação ao longo de quase uma década.

“A adesão a essas regras não só garante maior proteção aos clientes como também é importante para manter a confiança nos mercados financeiros”, disse Tracey McDermott, diretor interino da FSA para crimes financeiros, na semana passada.

Fonte: Simon Mundy | Financial Times, Valor Economico

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.