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Popularidade das redes sociais não basta

Não faltam indicadores para comprovar o quanto a popularidade das redes sociais aumentou em 2011, mas nenhum número consegue expressar essa influência com tanta veemência quanto um vídeo amador, que se tornou um dos maiores sucessos do YouTube nos últimos meses. No vídeo, um jovem de Porto Velho (RO), depois de tomar umas e outras, reclama com o amigo, quase aos prantos, que ninguém o “tucuta” no Facebook. O que ele queria dizer é “cutuca”, o jargão para chamar a atenção de outra pessoa na internet. O significado é claro: para uma parte da população, ser ignorado na web equivale a uma espécie de morte social. Quem não é “cutucado”, não existe.

Os investidores também estão se cutucando para saber qual será o futuro das redes sociais, mas o que eles querem saber é como esses sites, que se tornaram tão populares, vão converter essa audiência global em vendas e lucro.

Quatro empresas relacionadas às redes sociais estrearam na bolsa americana este ano – LinkedIn, Groupon, Zynga e Pandora. Metade das ações acumula perdas. A Zynga, que produz jogos para os sites de relacionamento, incluindo o popular FarmVille, ingressou na bolsa em 15 de dezembro, com os papéis a US$ 10. Logo nos dois primeiros pregões, a empresa desvalorizou-se em 10%. Até ontem, a queda acumulada era de 5,2%, com as ações a US$ 9,48, abaixo de seu valor inicial. O desempenho da Pandora Media é ainda pior. A rádio on-line fixou um preço inicial de US$ 16, em 14 de junho. As ações subiram subiram inicialmente, mas depois perderam força. Até ontem, a Pandora acumulava baixa de 37,6%, com os papéis negociados a US$ 9,99.

A principal preocupação dos investidores é quanto ao modelo de negócio das redes sociais. Isso talvez explique os resultados positivos do LinkedIn, que fez o lançamento mais bem-sucedido. Com o preço inicial fixado em US$ 45 por ação, a companhia surpreendeu o mercado, no primeiro pregão, em 19 de maio, quando os papéis tiveram um aumento de 109%. Ontem, as ações valiam pouco mais de US$ 61, com alta acumulada de 36,8%.

O LinkedIn é uma rede social destinada a pessoas em busca de contatos profissionais. A companhia oferece vantagens para quem aceita pagar por um pacote mais completo, mas a principal fonte de receita vem de outro lugar – os serviços vendidos aos departamentos de RH das empresas, que usam o site para recompor seus quadros.

Ao propor um modelo pago mais bem definido, o LinkedIn se afasta da dependência exclusiva da publicidade on-line, que marca boa parte dos negócios de internet e é vista com certa reserva pelos investidores.

É isso que traz uma certa preocupação quanto à oferta pública mais esperada entre as redes sociais – a do Facebook, prevista para ocorrer no segundo trimestre de 2012. A expectativa é que o site levante até US$ 10 bilhões, o que daria à companhia um valor de mercado de US$ 100 bilhões, mais do que valem, juntos, a Hewlett-Packard (HP), a Dell e o Yahoo.

Ninguém despreza a importância do Facebook. Com mais de 800 milhões de usuários, o site passou a ser monitorado pelas grandes companhias para saber o que os consumidores pensam de suas marcas e virou tema de um filme que concorreu ao Oscar deste ano. Os investidores querem se certificar, no entanto, de que a empresa será capaz de usar esse prestígio não só para atrair os grandes anunciantes, mas mantê-los a seu lado. Em Wall Street, ao contrário do que ocorre nos sites de relacionamento, ser popular não basta.

Fonte: João Luiz Rosa, Valor Economico

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.