O terceiro acordo de Basileia elevou o capital de alta qualidade
As novas regras para o cálculo de capital mínimo dos bancos, que definem o limite para empréstimos e outras operações, tentam evitar os riscos que engendraram a recente crise financeira internacional.
Os principais sinais de alerta emitidos foram:
1) nem todos os ativos podem ser considerados de qualidade para cobrir perdas numa emergência;
2) na ausência de liquidez, até mesmo um sistema bancário solvente pode entrar em colapso.
O terceiro acordo de Basileia elevou o capital de alta qualidade (ações e lucros retidos) de 2% para 4,5% dos ativos ponderados pelo risco. A ele se somará o chamado colchão de proteção do capital, de mais 2,5% dos ativos. O capital total mínimo ponderado pelo risco foi mantido em 8%, mas também subirá para 10,5% com os 2,5% do colchão de proteção.
Em cima disso será acrescentado outro colchão, chamado de contracíclico, que poderá variar de 0% a 2,5% e será adotado de acordo com as circunstâncias econômicas de cada país. Na soma total, o índice mínimo pode chegar a 13%.
Tais ajustes na composição do capital dos bancos serão acompanhados ainda da criação de dois índices: um novo indicador de alavancagem, que leva em conta o valor nominal dos ativos (sem ponderação por risco) e outro de controle de liquidez. O índice de alavancagem será de 3%, o que significa que, para R$ 3 de capital, a instituição só poderá ter R$ 100 de ativos.
O índice de cobertura de liquidez vai exigir um montante mínimo de ativos cujo estoque deve permitir a sobrevivência do banco por 30 dias em um cenário de estresse. Avalia-se se o compulsório entrará nessa conta.
Fonte: Valor Economico
Acredito que o principal não tenha ficado explícito. O compulsório entra nessa conta toda? Caso entre está perfeito, mas se fica de fora acho ainda uma alavancagem muito grande e acredito que novos problemas poderão aparecer mais à frente, provocando outras crises. Temos que lembrar que o dinheiro emprestado não é dos banqueiros, mas dos 90% de depositantes que botam dinheiro nos bancos e praticamente não o movimentam. Caso este percentual baixe para 80% estará criado um novo cataclisma financeiro. Acredito que o raciocínio seja esse, correto?