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Nuvem é estratégia em recuperação de desastres

SaidaEmpresas com dados armazenados na nuvem têm a possibilidade de recuperá-los em menos tempo do que as organizações com tecnologia baseada em backup de dados em dispositivos de fita ou discos removíveis.

Para grandes organizações, essa informação pode ser insípida, pois é normal que mantenham mais de uma camada de recuperação de dados e as soluções para recuperação de desastres. Muitas vezes, essas soluções planejam realizar cópias de segurança em data centers afastados, e tal estratégia se tem mostrado bastante eficiente.

Infelizmente, a estrutura não está no raio das possibilidades de pequenas e médias organizações. São pouquíssimas as empresas de médio porte com acesso a um segundo data center e a adoção de mais uma estrutura dessas apenas para dar conta de backups, não faz parte da realidade dessas companhias. As opções que restam a elas é confiar nas rotinas de backup feitas com dispositivos de fita e mídias removíveis, como CDs, flash cards e HDs Hot Swap.

SaaS e IaaS

Com a crescente oferta de plataformas para computação em nuvem, incluindo o Storage as a Service (SaaS -armazenamento como serviço)  e Infrastructure as a Service (IaaS – infraestrutura como serviço), companhias de médio porte têm a oportunidade de se equivaler às grandes empresas no quesito da proteção dos dados.

Normalmente, o espaço contratado com o provedor de cloud computing vem em forma de prestação de serviços, no modelo IaaS. Antigamente, contratar os serviços de um provedor de computação em nuvem requeria negociação individual e uma miríade de detalhes sobre formato dos serviços e dos dados. Hoje, em poucos cliques, é possível contratar espaço para backup.

Essa dinâmica na contratação de backup em plataformas de cloud computing facilita a adoção de soluções, ao passo que também possibilita otimizar a contabilidade ao optar por formatos de pay-per-use. Dessa maneira, ficam eliminados eventuais transtornos por uso excessivo de espaço contratado.

Menor tempo de downtime

Um estudo publicado pela Aberdeen Group mostra claramente as vantagens de optar por armazenamento em nuvem. Como de costume, a pesquisa dividiu as empresas em três categorias: Melhores casos, Média e Atrasados. Para tal foram considerados três quesitos:

1. Menor tempo para recuperação

2. Tempo total médio de indisponibilidades

3. Redução do tempo de downtime nos útlimos 12 meses

Uma característica marcou de forma clara as empresas consideradas Top – 53% delas realizam o backup dos dados independentemente da freqüência de uso. Quatro em cada dez das companhias consideradas de melhor desempenho têm soluções de backup na nuvem e 36% dessas companhias dispõem de políticas de governança definidas.

A maioria das adoções de armazenamento em nuvem se dá com vistas à redução do tempo de indisponibilidade em casos de desastres. Dois terços das companhias apontaram esse motivo como principal motivador do uso desse tipo de solução. Mais da metade das organizações esperam controlar melhor o investimento nessas plataformas. Em 46% dos casos, as organizações lançam mão de espaço virtual para oferecê-lo a clientes ou hospedar serviços adicionais.

Contudo, a possibilidade de recuperação de dados em menor tempo é a campeã absoluta nas motivações que dirigem as empresas de melhor desempenho na nuvem.

Enquanto houve poucas melhorias no tempo total de indisponibilidade dos servidores de empresas com outras estratégias de backup, aquelas que adotaram a nuvem para dar conta desse processo, tiveram seu tempo de downtime reduzido sensivelmente.

Quase 66%

O tempo total de indisponibilidade anual em plataformas sem recursos de cloud computing para o backup é de aproximadamente oito horas. Em casos onde soluções de computação em nuvem são adotadas, esse total despenca para um pouco mais de duas horas. Em termos absolutos, o maior período de indisponibilidade para usuários de plataformas cloud foi de pouco mais de cinco horas, já empresas sem componentes de computação em nuvem, sofreram por mais de 13 horas sem acesso aos dados.

As organizações que participaram dessa pesquisa eram de diferentes segmentos e dimensões. Metade delas fatura menos de 50 milhões de dólares ao ano (pequenas empresas). Em 30% dos casos, o faturamento fica entre 50 milhões e 1 bilhão de dólares, os 20% restantes eram formados por grandes empresas, de faturamento anual superior a 1 bilhão de dólares. A distribuição geográfica das empresas era a seguinte: 55% dos EUA, 30% Europa, leste europeu e África, 12% Ásia e pacífico e 3% América do Sul.

Fonte: HOLGER ERIKSDOTTER, DA CIO ALEMANHA, Computerworld

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.