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Negociação com BTG fracassa e banco Cruzeiro do Sul pode sofrer intervenção

As negociações para o BTG Pactual assumir o controle do Banco Cruzeiro do Sul fracassaram na tarde de ontem, pondo fim à tentativa de encontrar uma solução negociada para os problemas encontrados na instituição controlada pela família Indio da Costa. Com isso, a expectativa na noite de ontem era que na manhã de hoje o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) assumisse a gestão do banco. Formalmente, a mudança depende de decisão da diretoria colegiada do Banco Central (BC), que deve se reunir hoje cedo.

O mecanismo mais provável para viabilizar a troca de gestão é a decretação, pelo Banco Central, de um Regime de Administração Especial Temporária (Raet). Diferentemente da intervenção, que interrompe as atividades do banco com mercado e clientes, no Raet a instituição continua a operar. Dessa forma, sobrevive a possibilidade de se encontrar um novo controlador para o banco mais adiante.

Valor apurou que a situação do Cruzeiro tornou-se insustentável depois que inspeção do Banco Central identificou uma série de créditos fictícios registrados no balanço do banco ou, como se chama no jargão do mercado, créditos insubsistentes. O tamanho do rombo identificado, segundo confirmaram duas pessoas a par do caso, está em torno de R$ 1,5 bilhão. Com isso, o banco estaria com patrimônio líquido negativo da ordem de R$ 400 milhões. As fraudes guardam semelhança com o que o BC achou no PanAmericano em 2010. Poucos meses atrás, na virada do ano, o Cruzeiro do Sul fechou a compra de outra instituição com problemas, o Banco Prosper, com autorização do BC.

As conversas com o BTG duraram cinco dias e vinham sendo conduzidas diretamente pelo FGC. Na tarde de ontem, no entanto, o conselho de administração do FGC, integrado pelos maiores bancos do país, discordou dos termos propostos pelo banqueiro André Esteves e deixou a mesa de negociações. O controlador e presidente do Cruzeiro, Luís Octávio Indio da Costa, estava de acordo com a transferência de controle.

O Raet foi muito utilizado nos anos 90 pelo BC para endereçar problemas patrimoniais encontrados em diversos bancos, como o Nacional, e algumas instituições estaduais.

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marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.