Justiça mantém bloqueio de bens no caso PanAmericano
O Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) manteve o sequestro de bens de quatro ex-diretores e um ex-integrante do conselho de administração do PanAmericano (atual Pan), antigo banco do empresário e apresentador Silvio Santos. Um ex-diretor da Liderança Capitalização, empresa ainda sob o guarda-chuva do Grupo Silvio Santos, também permaneceu com os bens retidos.
Por unanimidade, a corte rejeitou recursos das defesas e decidiu pela manutenção do bloqueio dos bens de Wilson Roberto de Aro, Carlos Roberto Vilani, Maurício Bonafonte dos Santos, Vilmar Bernardes da Costa, João Pedro Fassina, José Maria Corsi e Monique Carletto – mulher do ex-diretor de cartões do PanAmericano, Antonio Carletto.
O Ministério Público Federal (MPF) se manifestou favoravelmente à manutenção do sequestro e arresto de patrimônio, visando assegurar, caso os réus sejam condenados, a reparação de danos causados pelo rombo no banco, avaliados inicialmente em R$ 3,8 bilhões, de acordo com a investigação.
Em agosto de 2012, o MPF denunciou 14 ex-diretores e três ex-funcionários do PanAmericano por crimes contra o sistema financeiro nacional, que se tornaram réus em ação penal que tramita na 6ª vara da Justiça Federal de São Paulo. Eles são acusados de fraudar os resultados dos balanços do banco, melhorando-os e recebendo “bônus” e outros pagamentos irregulares.
A Justiça decretou em outubro de 2011 o bloqueio de bens dos acusados sobre os quais recaem suspeita de origem criminosa. Em maio de 2013, determinou o arresto de todo o patrimônio, inclusive de bens obtidos antes dos fatos pelos quais os acusados respondem à ação penal.
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