Gestão de Riscos: Fogo derrete açúcar e provoca contaminação de rio em Santa Adélia
O incêndio em um armazém de açúcar em Santa Adélia, a 371 km de São Paulo, provocou o derretimento do produto e a contaminação do rio São Domingos.
Dezessete pessoas de quatro famílias vizinhas ao armazém foram retiradas de suas casas por segurança e estão hospedadas em um hotel da cidade. Ninguém se feriu.
O fogo começou na manhã de sexta-feira e só foi controlado ontem. Porém, ainda há riscos de novos focos de incêndios e explosões no local.
O muro do local não foi suficiente para barrar o açúcar derretido e foi preciso fazer barreiras de terra em frente a quatro casas.
Segundo o engenheiro da Cetesb, José Mário Ferreira de Andrade, a contaminação atingiu cerca de 20 quilômetros do rio e vai provocar a mortandade de peixes.
Ontem, o nível de oxigênio na água era zero. O produto não é tóxico, mas esgota o oxigênio da água, segundo Andrade. “Por isso os peixes morrem”, disse.
O armazém fica dentro de um porto seco na cidade. Segundo a assessoria da Agrovia, empresa que administra o porto, o incêndio começou na esteira de carregamento.
O galpão tem capacidade para armazenar 35 mil toneladas de açúcar. No momento do acidente estava com 28 mil toneladas, que foram derretidas pelo fogo.
O rio São Domingos nasce em Santa Adélia e deságua no rio Turvo. Tem 70 quilômetros que passam por Pindorama, Catanduva, Catiguá, Tabapuã e Uchoa, na região de São José do Rio Preto (438 km de São Paulo). O rio não é usado para abastecimento público nessas cidades.
O porto seco de Santa Adélia tem dois armazéns, com capacidade para 30 e 35 mil toneladas cada, que recebem açúcar de 10 usinas da região.
As 28 mil toneladas queimadas essa semana corresponde, segundo a assessoria de imprensa da Agrovia, a 0,2% da safra de açúcar do Estado.
(Folhapress)
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