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EUA registram 27 fundos para o Brasil

42-15181230Na tentativa de saciar o maior apetite do mercado financeiro internacional pelo Brasil, bancos e gestores de recursos de fora têm lançado fundos nos EUA com o objetivo de investir exclusivamente no país. São os chamados “Brazil dedicated funds” (fundos dedicados ao Brasil).

A estratégia é recente. Há 27 fundos com esse perfil registrados na Securities and Exchange Comission (a CVM do mercado norte-americano). Desse total, 14 foram aprovados pela SEC ou lançados em 2010.

Outros três, incluindo fundos dos bancos Deutsche Bank e Goldman Sachs, aguardam o sinal verde da SEC para começar a operar.

Até pouco tempo, os fundos dedicados a mercados emergentes eram praticamente a única opção oferecida por gestores de fora para se investir no Brasil.

A carteira desses fundos tem papéis (como ações e títulos) brasileiros e de outros emergentes, como China, Índia, México e Turquia.
Nos últimos anos, gestores também passaram a aumentar a fatia de recursos aplicados pelos chamados “fundos globais” (que têm exposição a várias nações desenvolvidas e emergentes) no Brasil, na esteira do maior interesse de investidores pelo país.

Mas, à medida que esse maior interesse se converteu em moda -principalmente depois de o país ter resistido bem à crise global-, empresas de gestão e bancos decidiram transformar Brasil em um produto único.

“Com a crise, ficou claro que existem grandes diferenças entre os emergentes”, diz Alexander Gorra, responsável pela plataforma internacional do BNY Mellon Arx.

O BNY Mellon Arx (que é parte do grupo BNY Mellon Asset Management) administra o Dreyfus Brazil Equity Fund, lançado em 2009.
O fundo é gerido no Brasil, mas comercializado nos EUA pelo Dreyfus (outro braço do BNY Mellon Asset Management). Tem como objetivo aplicar em ações de empresas brasileiras e oferece gestão ativa: o administrador escolhe os papéis e pode mudar a composição da carteira quando julgar adequado.

A maior parte dos outros “Brazil funds” lançados no mercado norte-americano são ETFs (sigla em inglês para Exchange Traded Funds), fundos cuja carteira de investimento reproduz a composição de um índice e tem cotas negociadas em Bolsas.

DIVERSIFICAÇÃO

Foram lançados nos últimos anos no exterior diversos índices de ações específicos para o Brasil. Isso tem viabilizado a onda de lançamentos dos “Brazil funds”, que, em alguns casos, procuram atender demandas específicas. Há fundos focados, por exemplo, em empresas de médio porte e outros direcionados à infraestrutura.

“Considerando o tamanho da economia brasileira e o alto valor de mercado de várias empresas, é possível dividir a economia em vários setores em que se pode investir”, diz Bruno del Ama, presidente-executivo da Global X Funds.

A empresa comercializa desde 2010 três fundos setoriais focados em Brasil e tem autorização da SEC para operar outros três.

Gestores como o BNY Mellon Asset Management e a Mirae Asset Global Investments que lançaram fundos voltados para Brasil nos EUA em 2010- já ofereciam opções parecidas para investidores de outros mercados, como o europeu.

Peter Graham, chefe da área de marketing e desenvolvimento de produtos da Mirae, diz observar “um forte apetite entre investidores americanos por maior exposição ao Brasil”:

“O mercado de ações brasileiro oferece um perfil de risco que complementa a alocação de recursos típica do norte-americano, geralmente mais exposta aos Estados Unidos”.

Fonte: Érica Fraga, Folha de S. Paulo

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.