Delloite, KPMG e Fator não identificaram fraude
O rombo no caixa do Banco Panamericano coloca em xeque o trabalho das auditorias interna e independentes responsáveis por avaliar as contas da instituição. Os dados internos do banco são auditados pela Delloite. E, no ano passado, a instituição financeira do Grupo Silvio Santos passou ainda pelo crivo da KPMG e do Banco Fator, que ajudavam a Caixa Econômica Federal na compra de 49% do capital do Panamericano.
Uma fonte que acompanhou de perto essa transação afirma que seria impossível a fraude ser detectada pelas consultorias responsáveis pela venda do banco para a Caixa, já que o sigilo bancário impede que o nome dos clientes sejam identificados. Mas, segundo ele, os dados indisponíveis aos operadores externos poderiam ter passado pelo crivo da Delloite.
Em nota divulgada no início da noite de quarta-feira, a empresa, responsável pelas análises internas das contas, restringiu-se a informar que, “de acordo com o seu Código de Ética e Conduta Profissional e em respeito aos compromissos de confidencialidade assumidos, não emite comentários sobre situações relacionadas a clientes”.
O Banco Fator, contratado pela Caixa Econômica para intermediar a aquisição, disse por meio da assessoria de imprensa que não tinha como identificar possíveis fraudes nas contas do banco, auditadas em março do ano passado para a transação. “Não temos expertise para fazer auditoria, por isso contratamos uma empresa de renome para cuidar desse processo”, informou o Fator. Segundo o banco, não seria possível identificar a existência de operações cruzadas feitas ilegalmente por causa do sigilo bancário. “Mas não é possível afirmar ainda se houve realmente uma fraude”, reforçou o banco.
A KPMG, auditoria contratada pelo Fator, também tentou se explicar em uma nota divulgada quarta à noite. A empresa enfatizou que não é responsável pela auditoria interna do Panamericano. E escreveu: “A KPMG foi contratada para executar certos procedimentos pré-acordados de diligência em dados disponibilizados pelo referido Banco em ‘data room’ com data base de março de 2009”.
Sócia do Panamericano, a Caixa Econômica Federal disse que a operação de compra iniciada no fim do ano passado só foi concretizada em julho após aprovação do Banco Central. Segundo a Caixa, as contas do Panamericano foram submetidas também à análise da BDO Consultores, para que emitisse uma segunda opinião.
Histórico
O primeiro caso de fraude em instituição financeira a passar despercebido pelas auditorias foi o do Banco Nacional. O banco quebrou em 1990 sem que os auditores tivessem feito nenhum alerta, conforme ficou comprovado no processo judicial. Desde 1988, o balanço era maquiado com operações de crédito fictícias. O caso marcou a primeira condenação de um auditor por cogestão fraudulenta. Marco Aurélio Diniz, responsável pela auditoria independente que a multinacional KPMG fez no banco, teve a pena de condenação confirmada pelo Tribunal Regional Federal em 2007.
Fonte: Naiana Oscar, de O Estado de S. Paulo
As fraudes sempre existem más em proporções aceitáveis. Quando o fraudador percebe que os auditores fazem um verdadeiro (ctrl+c) (ctrl+v), ou seja só uma cópia dos anos anteriores.
O meio de recrutamento das big four tbm são questionáveis, pois contrantam somente recém-formados sem experiência, nem maldade de vida. Enquanto os ‘pica-paus” fazem todos o serviço braçal, os senior somente participam dos trabalhos de abertura e fechamento dos trabalhso.
Estes empregados treinnes e jr aprendem com os próprios fraudadores, assim sendo não identificam as fraudes e as falhas se repetem.
Cadê o Banco Central nestas ocasioes? ja vimos este filme no caso do Banco Santos, o Banco Central saiu de fininho sem responsabilidade nenhuma. Se o Banco Central nao pega esse tipo de situacao, podemos estar tranquilo com o sistema bancario nacional? sera que nao ha varios outros rombos por ai? porque nao fiscalizar o trabalho do fiscalizador?
A CVM, o IBRACON e o BACEN tem que rever a dinâmica de trabalho das empresas de auditoria independente, pois hoje não existe mais imparcialidade nas opiniões dessas empresas . É necessário mudanças hoje empresas que deveriam expor uma opinião imparcial, esta sendo corrompida com opiniões cada vez mais parcial e deixando a ética de lado. As empresas que emitem opiniões como deveriam emitir se resguardam através da carta de conforto que é assinada pela Diretoria da empresa se eximindo de fraudes e erros grotescos onde o correto é elas responderem por isso assim como a Diretoria que assinou a carta.