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Cresce a demanda por profissionalização na área de compliance

Segundo o Instituto Brasileiro Governança Corporativa (IBGC) a necessidade de desenvolver equipes mais capacitadas na área de compliance tem estimulado a procura por cursos do gênero no País. De acordo com dados do Instituto Brasileiro Governança Corporativa (IBGC), até o final deste ano, serão 12 cursos com 344 participantes realizados pelo órgão, previsão que tende a aumentar diante do mercado aquecido. Pode parecer pouco, mas até o ano passado, eram apenas 3 turmas com 89 integrantes.

Para a superintendente do IBGC, Adriane de Almeida, a crise político-econômica enfrentada pelo Brasil nos últimos anos é um dos principais motivos para o aumento da procura por aprimoramento na área.

“Esse é o momento em que as companhias precisam se destacar e sobreviver, é natural que haja mais atenção aos riscos e busca por adequação. O compliance entra no radar, até mesmo porque tem impacto sobre o caixa da empresa em um momento delicado para todos”, afirma.

Na matéria do jornal O Estado de S.Paulo de 17 de novembro de 2017, ficou bem claro que os profissionais estão na busca pela capacitação, mas e as empresas também estão buscando isso? Já falamos ha algum tempo, não basta ter o departamento, quem precisa estar em compliance é a empresa, os profissionais de compliance devem ser os direcionadores, não aprovadores.

Sou professor de varios MBA’s no Brasil todo e sempre me deparo com alunos dizendo que aquilo que explico em sala de aula é dificil de implementar, pois muitos gestores não “querem” estar em compliance, em alguns casos, observam primeiro o resultado e depois os processos de como são feitos, quando têm, fica aqui a dica.

Muito se fala de compliance em tudo, até minha me disse outro dia: “filho, seu pai não está em compliance, pois não toma os remedios na hora certa e come coisas que safenados não podem comer”, viu esta em tudo agora, e minha mãe tem somente 72 anos, tudo bem é filho de um cara que trabalha com isso, eu sei, mas já esta incorporado no comportamento das pessoas.

Temos que olhar o compliance operacional, pois sem obsevar a forma de gerir o processo, os controles internos e as regras, não existe compliance que sobreviva, o dia a dia da empresa, no financeiro, negócios com clientes e fornecedores, contabilidade, impostos, tecnologia, planejamento estratégico, entre outros devem estar alinhados em compliance com o negócio e com a legislação vigente.

Sem contar que muitos dos cursos estão somente nos grandes centros, custam muito caro e muitos deles centralizados em São Paulo, será que o restante do pais não precisa ter esta capacitação em compliance? Se depender de mim poderão ter, em breve em Santa Catarina, teremos um MBA de Compliance e Riscos em Joinville, e já leciono em Santa Maria – RS, Marilia – SP, Lucas do Rio Verde – MT, Fortaleza – CE, Goiania – GO, entre outras, sempre falando e lecionando sobre o tema para contadores e gestores, mas ainda é muito pouco, podemos mudar isso, mas vai depender de carinho e vontade.

Por MSc. Marcos Assi, CRISC, ISFS, CRC entre outros.

 

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.