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Como fazer um pé-de-meia? Um banco para chamar de seu

40.jpgNunes pretende trabalhar mais nove anos e então, aos 50 anos, dedicar-se ao ensino de história. Pelos seus cálculos, para poder concretizar esse projeto e assegurar uma vida tranquila, seu rendimento mensal terá de superar R$ 10 mil. Para conseguir isso, ele diversifica as aplicações e reinveste sistematicamente os rendimentos. “Aplico em ações de empresas que pagam bons dividendos, em imóveis e no Tesouro Direto”, diz. Nunes não quer nem ouvir falar dos produtos tradicionais de previdência privada, como os VGBL ou PGBL. A razão para essa fobia: a queda recente dos juros faz com que custos dos planos de previdência tradicionais consumam uma proporção crescente dos rendimentos. Segundo Eduardo Glitz, diretor da XP Investimentos, é cada vez mais comum as pessoas gerirem suas aposentadorias por conta própria. “Cerca de 20% dos nossos clientes investem para se aposentar”, diz Glitz.

Na ponta do lápis, o negócio compensa. “O juro real está em 2,5% ao ano. Se uma aplicação cobrar uma taxa de administração superior a 1,5% ao ano, o cliente sai no prejuízo”, afirma. Outro ponto a considerar é o pagamento de impostos. Hélio Pio, gerente comercial da corretora carioca Ágora Investimentos, avalia que é possível ao investidor aproveitar-se de algumas vantagens fiscais, especialmente na renda variável. “O investidor em ações, que vender menos de R$ 20 mil por mês, está isento de impostos sobre o lucro da aplicação”, diz Pio. A vantagem é menor na renda fixa. Nos investimentos tradicionais, a menor alíquota de imposto de renda é de 15%. No caso da previdência privada, esse percentual se reduz a 10%, caso o dinheiro não seja resgatado antes de dez anos.

No entanto, essa diferença pode ser anulada por uma taxa de administração um pouco mais salgada. Quanto é preciso poupar? Para o educador financeiro Mauro Calil, investir 10% do salário é primordial para garantir a aposentadoria. “Se a pessoa quiser um rendimento de R$ 5 mil por mês, terá de investir 300 vezes esse valor”, diz Calil. O investidor também precisa ser disciplinado e, principalmente, ativo. “De nada adianta comprar ações e deixá-las paradas por 30 anos”, diz Pio, da Ágora. “É preciso escolher papéis com potencial de valorização, acompanhar a evolução dos preços e reinvestir os dividendos.” É o que a consultora financeira Marlene Zerbato, 46 anos, faz há cinco anos. “Hoje, 50% da minha carteira está investida em ações”, diz ela.

O restante está em fundos imobiliários e em aplicações de renda fixa. Administrar o dinheiro por conta própria não é para qualquer um. Antes de demitir seu banqueiro ou corretor, pense bem nos riscos. É preciso conhecer profundamente a dinâmica dos mercados e o funcionamento dos produtos financeiros. Um aspecto a ser considerado por quem pretende optar pela autogestão de suas poupanças é que alguns produtos de previdência garantem uma renda vitalícia para quem aplica, algo que não é assegurado se o dinheiro é administrado por conta própria. O risco é o investidor durar mais do que seus investimentos. “O investidor deve planejar suas aplicações de modo a deixar uma herança”, diz Calil.

 Fonte: Fernando Teixeira, Istoé Dinheiro

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.