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Comentários não tão sigilosos na pesquisa interna da empresa

The New York Times – “Trabalho em uma grande organização e todo ano ela pede aos funcionários que respondam a uma pesquisa. São perguntas sobre trabalho, benefícios, motivação. Há também um espaço para comentários. A empresa garante que os pesquisados gozam de anonimato absoluto.  Neste ano, um gerente de meu departamento conseguiu identificar meu formulário de respostas baseando-se em características de meus comentários supostamente anônimos.  Ele então me chamou ao escritório (sem nenhum tom de ameaça) para discutirmos os pontos que levantei. Isso é normal? E onde fica o anonimato?” – Howard

Rob Walker , o ‘workologista’ responde:

Se a empresa afirma taxativamente que a pesquisa é sigilosa, o fato de ela desrespeitar essa premissa básica é realmente estranho. Mesmo que sua conversa com o gerente não tenha sido “sob ameaça”, você vai pensar melhor em como responder a futuras pesquisas. E, ainda que seu caso tenha sido uma exceção, é absolutamente inócuo, você também vai se perguntar se as pesquisas anteriores foram mesmo anônimas e questionar a confiabilidade da empresa.

Embora a seção de comentários possa ser bem-intencionada, pode ocorrer que ela torne possível a identificação de alguns funcionários. Além disso, o anonimato tem seus aspectos negativos. Na teoria, ele permitiria avaliações mais honestas, mas na prática pode se tornar um meio de acerto de contas e estabelecimento de políticas internas.

Assim, a questão é se você teria feito os mesmos comentários sem a proteção do anonimato. Faz sentido que problemas da empresa possam ser mais eficientemente identificados e atacados por meio de comentários verdadeiramente anônimos. Mas talvez a empresa deva também garantir que ouvirá comentários que os empregados façam abertamente, sem risco de represália.

Isso é mais uma questão de gerenciamento. Seu caso me lembrou de um conhecido que insiste em assinar seus comentários e críticas mesmo feitos em formulários anônimos de pesquisa.  Ele entende que, se não assinar o que você diz, não deveria dizer. Não sei se concordo plenamente, mas é um bom parâmetro para ter em mente quando você não está absolutamente seguro de que seu comentário seja realmente confidencial.

fonte: estadao.com.br – blogs – radar-do-emprego – comentarios-nao-tao-sigilosos-na-pesquisa-interna-da-empresa

 

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.