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BC libera, e BNY Mellon lança banco no Brasil

O BNY Mellon conseguiu a aprovação que faltava para operar como banco no Brasil. Com isso, o grupo americano começa a oferecer, ao longo dos próximos meses, serviços de depósito e liquidação de ativos financeiros, ampliando o leque de suas atividades no país.

O Banco Central (BC) aprovou, no fim da tarde de terça-feira, o resultado dos testes de sistemas que o BNY Mellon vinha fazendo desde que recebeu sua licença de banco comercial, em fevereiro. Os testes são uma exigência da autoridade monetária para liberar a atuação de novas instituições financeiras.

“A licença é o próximo passo na evolução dos nossos negócios no Brasil”, afirma o presidente mundial do BNY Mellon, Gerald Hassell, que concedeu entrevista ao Valor durante visita a São Paulo.

Como banco, o BNY Mellon começará a fazer diretamente a liquidação de ativos financeiros no Brasil – serviço para o qual dependia, até agora, de parcerias com outras instituições. Um dos líderes no mercado mundial de custódia de títulos, o grupo americano já oferecia a guarda desses papéis no país, mas não podia fazer a compensação dos mesmos. Agora, os clientes poderão ter conta no banco para liquidar posições, receber o pagamento de juros e dividendos, entre outras operações.

No entanto, o objetivo do BNY Mellon não é acumular um grande volume de depósitos nem oferecer crédito. O banco terá capital de R$ 24 milhões, o valor mínimo exigido do ponto de vista regulatório. “Não queremos ser um banco de varejo. Queremos atender clientes no atacado e prestar serviços a investidores”, afirma Hassell.

O grande alvo do grupo é o fluxo de capital estrangeiro para o Brasil, mas a crescente movimentação de investimentos dentro do mercado brasileiro e as aplicações de brasileiros no exterior também interessam ao BNY Mellon.

Segundo Hassell, a procura por ativos financeiros vai aumentar conforme o país crescer, o que tende a ser positivo para os negócios do grupo. “A economia brasileira vai bem, se comparada à do resto do mundo. A demanda por nossos serviços vai aumentar mais aqui que em outras regiões”, avalia.

O executivo não abre números, mas afirma que a expectativa é que a receita e o lucro no país cresçam acima de 10% ao ano nos próximos anos. O BNY Mellon tem 500 funcionários no Brasil e prevê elevar esse número em 10% com a transformação em banco.

Além da custódia e de outros serviços para investidores, a instituição tem uma gestora de recursos no país. A BNY Mellon ARX tem R$ 14 bilhões sob gestão.

Num passo seguinte, o grupo estuda a possibilidade de atuar em operações de câmbio no mercado brasileiro, serviço que já oferece em outros países. Se decidir entrar no segmento, o BNY Mellon precisará de autorização específica do BC.

Na avaliação do executivo-chefe do BNY Mellon no Brasil, Zeca Oliveira, a atuação como banco vai proporcionar ao grupo maior eficiência em seus negócios no país. “Vamos poder acumular mais receita sem aumentar os custos na mesma proporção”, diz.

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marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.