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Azul vai buscar reparação judicial para prejuízo com fechamento de Viracopos

A Azul vai entrar na Justiça para pedir reparação pelos prejuízos causados pela interdição de quase 48 horas do Aeroporto Viracopos, em Campinas, no último final de semana. De acordo com o diretor de Comunicação e Malha da Azul, Giancarlo Betting, a companhia ainda não definiu a estratégia judicial, mas vai agir. “Não vamos ficar apenas olhando uma situação dessas, temos responsabilidades com nossos acionistas”, disse.

Principal terminal aéreo da companhia e utilizado para interligar seus voos no Brasil, Viracopos é fundamental para o modelo de negócios da empresa aérea. Seu fechamento no final de semana passado, incluindo uma segunda-feira pós feriado, causou um prejuízo de ao menos R$ 20 milhões, informou a Azul. “A companhia ainda está dimensionando a real extensão dos prejuízos, mas existem perdas imensuráveis, como a experiência vivida pelos passageiros e o impacto à marca”, informou a empresa por meio de comunicado.

O responsável por interromper as operações em Viracopos foi um avião cargueiro MD-11 que teve um problema no trem de pouso na aterrissagem no momento do pouso. A aeronave, que vinha dos Estados Unidos, ficou avariada na pista, impedindo qualquer operação no terminal até que fosse retirada. Operado pela companhia americana Centurion, o avião ficou 45 horas esperando os equipamentos necessários para ser removido para o pátio de estacionamento do aeroporto.

Na avaliação de especialistas do setor, tanto a companhia americana quanto a Infraero, a operadora do aeroporto, podem ser responsabilizadas judicialmente pelos prejuízos registrados pela Azul. “As empresas são responsáveis diretas pelo incidente, mas como não são obrigadas a ter o equipamento de remoção, quem também deve responder pelos prejuízos causados, principalmente após 10 horas de interdição, é a operadora do aeroporto, que é a Infraero neste caso”, afirma o advogado especialista em Direito Aeronáutico Sérgio Alonso. “A Infraero não tinha sequer um plano de contingência, ou tinha um plano muito deficiente”, diz.

Pela legislação brasileira, a responsável imediata pela remoção do avião avariado é a operadora da aeronave. Neste caso, caberia à Centurion fazer a retirada do MD-11 da pista de pousos e decolagens de Viracopos. Mas, de acordo com o Código Brasileiro de Aeronáutica, caso a empresa operadora do avião não tenha condições de fazer sua retirada, a responsabilidade passa automaticamente para o operador do aeroporto, no caso a Infraero. A tendência, diz Sérgio Alonso, é de que as duas empresas sejam processadas pela Azul para que indenizem os prejuízos que a companhia teve.

De acordo com a Azul, 470 voos foram cancelados e mais de 25 mil passageiros foram afetados diretamente pelo fechamento do Aeroporto de Viracopos. “O prejuízo financeiro, de R$ 20 milhões, nem é o maior problema. Nossa imagem saiu arranhada, não somos culpados, mas somos responsabilizados”, afirmou o diretor de comunicação da companhia, Giancarlo Betting. De acordo com ele, a Azul ainda não definiu as estratégias jurídicas que adotará para ser ressarcida.

Fonte: IG São Paulo

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.