Notícias

Bancos americanos buscam receita nos cartões pré-pagos

O próspero mercado de cartões de débito pré-pagos nos Estados Unidos vem atraindo tanto firmas especializadas quanto grandes nomes em busca de novas receitas, como J.P. Morgan Chase e American Express, na expectativa de que consumidores paguem a mais por um cartão com o rosto de Justin Bieber estampado.

Alguns cartões pré-pagos são carregados com uma quantia fixa de dinheiro, como um vale-presente, enquanto outros lembram mais uma conta bancária convencional. Os usuários podem adicionar dinheiro agendando créditos nos cartões direto de seus salários e podem usá-los para sacar dinheiro em caixas eletrônicos.

A firma de pesquisas Mercator Advisory Group divulgou que 47% das famílias nos Estados Unidos compraram cartões pré-pagos no ano encerrado em junho. Projeta-se que até 2016 o mercado passe a gerar uma receita com tarifas de US$ 1,7 bilhão para instituições, diz a analista Madeline Aufseeser, da consultoria Aite Group. “O mercado de cartões de crédito pré-pagos cresce à velocidade da luz”, diz.

A regulamentação do segmento é uma colcha de retalhos. Embora a Agência de Proteção Financeira do Consumidor (CFPB, na sigla em inglês), do governo federal dos EUA, venha examinando o setor desde maio, muitos cartões são isentos de limites federais sobre as taxas cobradas aos comerciantes. Podem pedir o quanto quiserem.

As tarifas mínimas para o usuário costumam girar em torno a US$ 5 por mês, segundo Lauren Saunders, advogada do National Consumer Law Center. O Chase Liquid custa US$ 4,95 por mês. “Estamos potencializando ativos, como nossa rede de caixas eletrônicos e agências, que os demais no mercado não têm”, diz o executivo de operações de varejo do J.P. Morgan, Jonathan Wilk.

A American Express lançou em outubro o cartão Bluebird, à venda em lojas do Walmart. É gratuito para quem agenda crédito direto no cartão. A empresa lucra com a taxa cobrada de comerciantes.

Em outubro, Eric Dresdale, em recuperação após problemas com alcoolismo e drogas, lançou um cartão que não pode sacar dinheiro nem ser usado em lojas de bebidas, bares, serviços de acompanhante, cassinos e lojas de tatuagem. Dresdale diz que essas características justificam a tarifa mensal de US$ 14,95 cobrada por sua empresa, a Next Step Network, além da “multa” de US$ 0,50 quando se tenta violar restrições. A abordagem atraiu 40 pessoas até agora.

Outras empresas, como a BillMyParents, que contratou Bieber para promover-se, selecionam seus alvos com cuidado. “Não queremos ir longe demais”, diz o executivo-chefe da empresa, Michael McCoy, que já foi presidente da área de cartões do Wells Fargo.

Os consumidores têm motivos para cautela, diz Saunders. Seu grupo pressiona a CFPB para que defina diretrizes claras para o mercado de pré-pagos e exija que todas as emissoras mantenham o dinheiro dos usuários – tanto para fins de segurança como de supervisão – em bancos protegidos pela Federal Deposit Insurance Corp. (FDIC), agência do governo que garante depósitos bancários.

© 2000 – 2012. Todos os direitos reservados ao Valor Econômico S.A.

Leia mais em:

http://www.valor.com.br/financas/2976980/bancos-americanos-buscam-receita-nos-cartoes-pre-pagos#ixzz2IdX5j3eF

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.