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Comitê de Basileia pressiona por limite de endividamento dos bancos

O Comitê de Basileia de Supervisão Bancária  (CBSB) aumentou a pressão para limitar o nível de endividamento dos bancos e os riscos para o sistema financeiro global.

A partir de janeiro de 2015, os investidores e outras partes interessadas terão uma medida comparável do índice de alavancagem dos bancos, independentemente das normas de contabilidade nacionais, podendo identificar mais facilmente o real nível de endividamento das instituições financeiras.

Pelas regras acertadas pelo Acordo de Basileia 3, foi introduzido o índice de alavancagem de 3%, testado entre 2013 e 2017. Os bancos deverão começar a publicar sua alavancagem a partir de 2015, sob regras que evitem manobra contábil envolvendo suas reservas de capital.

Uma instituição poderá ter uma alavancagem de até 33 vezes seus ativos totais, o que parece enorme, mesmo comparado ao pré-crise. A diferença é que, antes, os bancos só levavam em conta as operações de balanço para calcular sua alavancagem. Agora, incluirão até mesmo  equivalentes de ativos que estão fora do balanço e  operações de derivativos.

As autoridades reguladoras de 27 centros financeiros importantes, incluindo o Brasil, decidiram por uma fórmula para calcular o índice de alavancagem que evite  ajustes ao risco e englobará diferentes atividades das instituições

As principais mudanças anunciadas hoje incluem a especificação de uma ampla cobertura das exposições dos bancos, clarificação do tratamento geral para derivativos e colateral etc.

Bancos de investimento não poderão usar colateral para reduzir o tamanho da exposição de seus derivativos, por exemplo. Os bancos devem ter em conta acordos de recompra, alem de atividades que não são facilmente quantificáveis.

Essas questões serão submetidas a consultas publicas até 20 de setembro pelo Comitê de Basileia, para examinar o impacto das medidas.

Bancos americanos e europeus calculam a alavancagem de maneira bem distinta, segundo analistas.

O Comitê de Basileia lembra que um dos elementos da crise financeira global foi o volume excessivo, e fora dos balanços, de alavancagem dos bancos.

No ano passado, o Banco Internacional de Compensações (BIS), banco dos bancos centrais, alertou que grandes bancos continuavam interessados em aumentar sua alavancagem, sem se preocupar suficientemente com as consequências de um colapso.

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marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.