HSBC anuncia mais provisão diante de acusação de lavagem de dinheiro
O HSBC Holdings informou nesta segunda-feira que irá provisionar mais US$ 1,5 bilhão para cobrir possíveis multas por acusações de lavagem de dinheiro e os custos da venda de produtos inadequados a clientes.
O banco acrescentou US$ 800 milhões aos US$ 700 milhões já provisionados diante de processos sobre lavagem de dinheiro. As multas ainda não foram acertadas com as autoridades americanas e o HSBC alertou que podem ser “significativamente mais altas” que a cifra de US$ 1,5 bilhão.
O HSBC reconheceu previamente algumas das conclusões de um relatório do Senado americano que alegou que algumas das operações globais do banco foram usadas em lavagem de dinheiro e potencial financiamento de terroristas.
A instituição também acrescentou US$ 353 milhões à conta referente à venda de seguro inadequado.
Os novos encargos foram divulgados junto com o balanço do terceiro trimestre do banco. A receita subiu 20%, para US$ 16,13 bilhões, alcançando a expectativa de analistas, ajudada por um forte desempenho na área de banco de investimento. O lucro líquido caiu para US$ 2,5 bilhões, ante US$ 5,22 bilhões em 2011, mas as duas cifras estão distorcidas por variações no valor da dívida do próprio banco. O lucro ajustado antes de impostos, que exclui esses itens, mais do que dobrou, de US$ 2,24 bilhões para US$ 5,04 bilhões.
Sobre as provisões para o caso de lavagem de dinheiro, o presidente-executivo do banco, Stuart Gulliver, disse que o HSBC está “engajado ativamente nas discussões com autoridades americanas para tentar chegar a uma resolução, mas ainda não há um acordo”.
O resultado do HSBC encerra uma semana de divulgações dos bancos britânicos que foi marcada por encargos e multas sobre atividades realizadas nos anos de boom antes da crise financeira. Além dos esforços para reconquistar a confiança de clientes e acionistas, os bancos também têm que formar reservas maiores para se adaptar a um cenário regulatório mais duro.
(Dow Jones Newswires)
© 2000 – 2012. Todos os direitos reservados ao Valor Econômico S.A.
Leia mais em: